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Estado de Minas ECONOMIA

Comerciante faz malabarismo para manter cliente


05/10/2020 07:36

A disparada do c�mbio ao longo deste ano tem levado varejistas que trabalham com itens importados a fazer uma verdadeira gin�stica para n�o perder vendas por conta da alta de pre�os. A conta tem sido sempre a mesma: � melhor abrir m�o da margem de lucro do que ver o cliente, cada vez menos disposto a gastar, deixar de comprar.

No bra�o de importa��es do grupo St Marche, que abastece o mercado gourmet Emp�rio Santa Maria e as lojas da rede de supermercados St Marche, por exemplo, a estrat�gia foi renegociar pre�os com fornecedores estrangeiros de vinhos e alimentos para conseguir atenuar o impacto da alta do d�lar no bolso do consumidor.

"Conseguimos renegociar descontos entre 15% e 20% e, em alguns casos, baixamos a nossa margem", conta Bernardo Ouro, respons�vel pelo Emp�rio Santa Maria. A importa��o pr�pria do grupo responde por cerca de 5% dos volumes vendidos nas lojas. Com esses descontos, Ouro diz que conseguiu manter os pre�os da maioria dos itens importados pela pr�pria empresa no patamar de antes da pandemia, quando o d�lar estava cotado a R$ 4,20.

J� nos itens estrangeiros que o grupo compra de importadoras - que representa 15% dos produtos da loja - a manuten��o de pre�os n�o foi poss�vel.

As importadoras renegociaram com fornecedores estrangeiros, mas aumentaram os pre�os em reais desses itens entre 15% e 25%, em m�dia. "Na grande maioria dos produtos, n�o houve aumentos de 40%", pondera o empres�rio. Esse porcentual equivale ao repasse integral da alta do c�mbio.

Apesar das press�es de custos provocada pela alta do c�mbio, Ouro est� confiante no bom desempenho de vendas do Natal. Ampliou em 50% os volumes que importa por conta pr�pria de vinhos, massas e azeites, na compara��o com o ano passado. "As pessoas v�o viajar menos este ano e celebrar o Natal em casa. Acreditamos que a venda de comida e bebida ser� muito forte", conta ele.

Cliente de uma importadora de vinhos e azeites em Porto Alegre h� mais de tr�s d�cadas, o dono de restaurante Aguinaldo Barcelos, de 45 anos, diz que o d�lar alto assusta na hora de planejar as compras do m�s, sobretudo em um momento em que o hor�rio de atendimento de seu estabelecimento ainda n�o foi normalizado ap�s o relaxamento do isolamento social.

"Manter um neg�cio n�o � um processo barato. Nunca sobrou muito dinheiro, mas os �ltimos meses foram ainda mais dif�ceis para quem depende de movimento. Os clientes ainda n�o voltaram totalmente e precisamos pensar duas vezes antes de cada despesa."

Ele conta que conseguiu negociar um aumento menor nas compras de vinhos e de azeite. Sabe que o fornecedor tamb�m teve de reduzir sua margem de lucro, mas que todos acabam fazendo sacrif�cios em momentos de crise, como o de agora. "O racioc�nio dele � o mesmo que eu tenho: se repasso tudo, fico sem vender. � melhor perder um pouco."


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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