Presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Chicago, Charles Evans afirmou nesta segunda-feira, 5, que, sem o apoio fiscal "adequado", a din�mica de recess�o pode ganhar for�a nos Estados Unidos. Durante discurso em evento virtual, Evans avaliou que a economia do pa�s tem se recuperado, apesar do v�rus, e que seu desempenho inclusive tem "surpreendido", mas tamb�m ressaltou que h� um "longo caminho pela frente" nesse processo, projetando que a infla��o deve superar a meta de 2% apenas em 2023.
Sem direito a voto nas decis�es de pol�tica monet�ria neste ano, Evans disse que a infla��o deve ter avan�o "gradual" e atingir a meta de 2% de modo persistente em 2023. Depois disso, o BC deixar� que ela supere esse n�vel por um tempo "moderadamente", comentou sobre o ajuste na pol�tica monet�ria anunciado recentemente, com a busca agora por uma "infla��o m�dia" de 2%. Em seu discurso, Evans mencionou como exemplo que isso poderia significar deixar a infla��o em cerca de 2,5% por um tempo a partir de 2023, at� se garantir a meta sim�trica, mas tamb�m disse que para alguns no Fed esse n�vel poderia parecer "excessivo". Ele lembrou que a nova estrat�gia n�o inclui detalhes operacionais espec�ficos e que o contexto ter� de ser avaliado a cada momento.
Para Evans, a taxa de desemprego recuar� a 4% apenas em 2023. Ele ressaltou que suas proje��es, por�m, incluem novas medidas de est�mulo fiscal do governo federal. Evans argumentou que esse apoio ter� "enorme papel" para dar al�vio adequado � economia em uma crise de sa�de. O dirigente comentou que pessoas f�sicas e jur�dicas ainda precisam de ajuda, bem como os governos estaduais e locais. Sem apoio fiscal adequado, a trajet�ria at� o m�ximo emprego almejado pelo Fed ser� mais lenta, advertiu.
De qualquer modo, Evans disse que a economia dos EUA n�o deve retornar ao n�vel anterior � pandemia antes do fim de 2021. Ele ainda afirmou que h� cen�rios piores que poderiam se materializar, como novas ondas "devastadoras" da covid-19 a amea�ar a sa�de dos americanos e a economia do pa�s.
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