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Estado de Minas ECONOMIA

Sementes misteriosas: Minist�rio encontra �caro vivo, fungos e bact�rias em amostras

Especialistas est�o investigando se h� presen�a de pragas quarenten�rias


06/10/2020 13:24 - atualizado 06/10/2020 23:03

Sementes misteriosas chegaram nas casas de pessoas em vários estados brasileiros(foto: Gabriel Zapella/Cidasc/Divulgação)
Sementes misteriosas chegaram nas casas de pessoas em v�rios estados brasileiros (foto: Gabriel Zapella/Cidasc/Divulga��o)

O secret�rio de Defesa Agropecu�ria do Minist�rio da Agricultura, Jos� Guilherme Leal, afirmou nesta ter�a-feira (6) que j� foram entregues para investiga��o, aos �rg�os competentes, 258 pacotes de sementes n�o solicitadas. Esses s�o os volumes que chegaram a produtores brasileiros, que optaram por n�o plant�-los e entregar ao minist�rio ou a secretarias estaduais.

Entre as amostras que foram levadas para testes em laborat�rio, foram encontrados um �caro vivo, tr�s fungos e duas amostras com bact�rias. Al�m disso, quatro amostras est�o sendo investigadas para se averiguar a presen�a de pragas quarenten�rias. "Ainda n�o temos conclus�o das esp�cies, nem dos fungos nem das bact�rias", disse Leal em entrevista coletiva virtual. "Est� em processamento no laborat�rio."

O diretor do Departamento de Servi�os T�cnicos, Jos� Lu�s Vargas, afirmou que alguns resultados s�o esperados 30 dias ap�s o in�cio das an�lises, mas que outros podem demorar mais do que isso. "Muitas vezes � necess�rio um trabalho de pesquisa, a quantidade de material � t�o pequena que pode ser insuficiente para se fazer an�lise de DNA", disse. "�s vezes precisamos fazer o material se propagar, colocar a semente para germinar e assim ter material para ser analisado."

De acordo com os oficiais, Amazonas e Maranh�o s�o as duas �nicas Unidades da Federa��o em que n�o houve, at� o momento, entrega a autoridades de sementes n�o solicitadas. As autoridades fizeram um apelo para que quem recebesse algum material desse tipo entregasse assim que poss�vel a autoridades de Agricultura federais ou estaduais – tentando, se poss�vel, manter a embalagem original intacta para facilitar a identifica��o da origem do produto. Quanto �s origens, j� foram identificados quatro pa�ses.

As 258 esp�cies devolvidas s�o as que passaram pelas barreiras e chegaram aos produtores brasileiros. Al�m dessas, de acordo com Leal, foram interceptadas 33.700 amostras de semente no ano pelos Correios em Curitiba (PR), onde os pacotes mais leves que entram no pa�s s�o centralizados. Desse total, 26.111 foram destru�das e 2.383 foram devolvidas ao seu local de origem – nessas amostras, n�o foram feitas an�lises em laborat�rio. O restante teve a documenta��o acertada e foi liberado.

Foi destacado o aumento do volume de amostras devolvidas este ano. Em 2019, a m�dia mensal de volumes destru�dos ou devolvidos era de 2 mil; no primeiro semestre deste ano, j� aumentou para 5 mil por m�s.

De acordo com o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agr�colas, Carlos Goulart, h� ind�cios de que os envios se tratam de "brushing scam" – esquema realizado em plataformas de com�rcio eletr�nico no qual o vendedor, para aumentar seu ranking, cria pedidos falsos e envia os produtos (j� que muitos sites s� consideram uma ordem validada ap�s o envio). No entanto, diz Goulart, "nenhum pa�s chegou ao veredicto de que de fato � isso. Est�o todos na mesma situa��o, avaliando o cen�rio".

Ao ser perguntado se h� a chance de uma a��o intencional para causar danos, Leal afirmou: "N�o temos elementos para afirmar que � algo intencional para introduzir um organismo patog�nico, prejudicial para agricultura brasileira. Mas o risco existe. Tanto que o resultado preliminar aponta que precisaremos aprofundar a investiga��o para identificar esp�cies". Ele destacou que h� possibilidade tanto de dano � agricultura quanto �s pessoas que manusearem as sementes, caso elas tenham sido tratadas com algum produto qu�mico, por exemplo.

Para quem acabou plantando a semente n�o solicitada, a recomenda��o � que entre em contato com as autoridades para o recolhimento do material, mas que o agricultor n�o transite com a planta por motivos de seguran�a.


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