Delfim Netto: aux�lios foram sucesso e por isso PIB vai cair apenas 4,5%

O Produto Interno Bruto (PIB), que chegou a receber proje��es de queda este ano de at� 15% por conta dos impactos que sofreria da pandemia, poder� encerrar o ano em curso com queda de 4,5%, disse hoje o economista e ex-ministro da Fazenda Delfim Netto. Ele participou nesta tarde de uma live organizada pela Nova Futura Investimentos em que foram feitas avalia��es sob o tema "A Recupera��o do Brasil".

Delfim atribuiu o encolhimento das previs�es negativas em rela��o ao desenvolvimento do PIB este ano ao que ele classifica de sucesso das medias econ�micas emerg�ncias adotadas pelo governo federal no combate aos impactos da Covid-19. "O ministro Paulo Guedes entendeu muito r�pido a situa��o e sugeriu a cria��o de um 'or�amento de guerra'", disse o ex-ministro da Fazenda.

De acordo com Delfim, mais que econ�mico, era uma obriga��o moral do Estado agir para diminuir o n�mero de infectados e mortos pela pandemia. "O PIB deve terminar o ano com queda de 4,5% porque o socorro �s pessoas e �s empresas foi um sucesso", disse o economista.

Para ele, apesar de o Pa�s encerrar o ano com uma taxa de desemprego gigantesca, o sistema est� funcionando. "Conseguimos sustentar 60 milh�es de pessoas no pior momento da pandemia. Disseram que descobriram 38 milh�es de invis�veis, mas n�o � isso. Eram pessoas que estavam sobrevivendo sem a ajuda do Estado e que com o distanciamento social perderam suas rendas", disse.

De acordo com Delfim, o Brasil tem como voltar a crescer porque sua sociedade tem um esp�rito de crescimento. "Quando as a��es s�o coordenadas, o crescimento acelera", disse o ex-ministro.

O problema, continuou Delfim, � que o Brasil � uma "m�quina gastadora dominada por uma casta n�o eleita, aprovada em concursos p�blicos". "� uma casta que se apropriou do Brasil e n�o aceita se aposentar mais tarde", disse.