
Ap�s o lockdown e a proibi��o do funcionamento de v�rias atividades comerciais, o temor dos governantes era com a desacelera��o da economia e a consequente quebra de empres�rios e demiss�o dos funcion�rios. Mas, em Par� de Minas, cidade localizada no Centro-Oeste mineiro, esse cen�rio n�o se realizou. Pelo contr�rio.
Levantamento realizado pelo sistema eletr�nico de opera��o de empresas da Secretaria Municipal de Fazenda revelou um crescimento na abertura de empresas e na movimenta��o da atividade econ�mica da cidade.
O estudo confirmou 1.886 opera��es no sistema eletr�nico municipal entre os meses de mar�o e setembro. Nesse per�odo foram abertas 542 empresas, al�m de 1.221 inscri��es de Microempreendedores Individuais (MEIs) e 89 inscri��es de trabalhadores aut�nomos.
Outras 34 inscri��es foram reativadas. Por outro lado, nesse mesmo per�odo foram encerradas 349 empresas. No balan�o, a cidade registrou aumento, nesse espa�o de seis meses, de 1.547 empresas. Os n�meros positivos tamb�m foram confirmados pelo relat�rio que apura o movimento econ�mico de Par� de Minas com a finalidade de definir o ICMS do munic�pio.
Segundo o secret�rio municipal de Fazenda, Jos� Leonardo Martins, o crescimento econ�mico de Par� de Minas foi surpreendente no primeiro semestre. “N�s tivemos, entre janeiro e julho, um crescimento de 12,4% na atividade econ�mica. O sistema eletr�nico processou mais de 4 milh�es de notas fiscais, o que representa 80% da economia da cidade. Nas exporta��es tivemos um aumento de 45% na venda de bens e servi�os. Em 2019, foram R$ 139,7 milh�es e, neste ano, R$ 203,9 milh�es”.
Gera��o de empregos
Em rela��o aos empregos, outro indicativo, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que agosto foi o primeiro m�s ap�s a pandemia em que a cidade mais admitiu do que demitiu. Foram 909 contrata��es contra 709 demiss�es. Abril foi o per�odo mais cr�tico, com 392 admiss�es contra 881 demiss�es. No acumulado do ano o balan�o ainda � negativo, com 6.086 admiss�es e 6.517 desligamentos.
A ind�stria foi o setor que mais empregou na cidade, fechando o balan�o com 113 novos trabalhadores com carteira assinada. J� o com�rcio apareceu em segundo lugar, abrindo 52 vagas, enquanto o setor de servi�os fez 51 contrata��es. J� o agroneg�cio contratou apenas dois trabalhadores.
Para o secret�rio, essa retomada da economia se deve ao curto per�odo de fechamento do com�rcio e � conscientiza��o dos empres�rios sobre a import�ncia de investir nos protocolos de distanciamento e higieniza��o.
“A gente acha que a administra��o e o comit� [de Enfrentamento � COVID-19] tomaram atitudes corretas. A gente fez lockdown de pouco mais de um m�s. Somente o comercio essencial ficou aberto. A gente achava que o impacto seria gigantesco, mas tivemos um crescimento em venda e em abertura de empresas. Se n�o houvesse a decis�o de reabrir o com�rcio, o impacto seria grande. Os empres�rios tiveram que se adaptar a essa nova realidade e se comprometeram a instruir o seu pessoal para reabrir com seguran�a. O resultado hoje � um conjunto de fatores positivos e decis�es acertadas”, analisou Martins.