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Estado de Minas ECONOMIA

'Revis�o das opera��es compromissadas � natural', diz Bruno Serra


14/10/2020 12:10

O diretor de Pol�tica Monet�ria do Banco Central, Bruno Serra, disse nesta quarta-feira (14) que a revis�o das opera��es compromissadas anunciada pelo �rg�o na semana passada, com o encurtamento das opera��es, era natural ao passo que o Tesouro Nacional tamb�m encurtou os prazos de suas emiss�es. Segundo ele, o BC n�o quer for�ar o mercado a comprar mais pap�is do Tesouro.

"O BC tem como obriga��o prezar pela estabilidade de pre�os, e a ferramenta para isso � a opera��o de overnight. Temos situa��o no Brasil que � da cultura do CDI. O investidor geralmente demanda remunera��o dele do CDI, � natural que investidores que tenham recursos em instrumentos que remunerem pelo overnight", afirmou, em videoconfer�ncia organizada pela Renascen�a DTVM & Panamby Capital. "A overnight � a taxa que importa para gente", completou.

Em meio ao cen�rio adverso para o governo se financiar no mercado, o Tesouro Nacional e o Banco Central anunciaram na �ltima sexta-feira, 9, mudan�as na oferta de t�tulos p�blicos federais e nas opera��es compromissadas, diante da maior demanda do mercado financeiro por instrumentos de curto prazo.

O BC fixou um limite m�ximo de R$ 600 bilh�es a ser aceito no leil�o de rolagem da opera��o compromissada com vencimento em 29 de outubro, ante um valor financeiro de retorno estimado em R$ 981 bilh�es. As demais condi��es do leil�o permanecem inalteradas.

Segundo Serra, a decis�o do BC tem objetivo de propiciar que os dealers sigam com recursos para exercer papel de gerar liquidez.

"Teremos leil�es mais frequentes com prazos mais curtos, que foi uma demanda dos pr�prios dealers. Tudo que a gente fez foi pensando em reduzir os prazos de execu��o da pol�tica monet�ria de forma a n�o concorrer com a atua��o do Tesouro Nacional, que por quest�es arbitrais tem sido mais curta. O BC n�o est� for�ando os agentes a comprarem t�tulos p�blicos", alegou. "Para n�s, � indiferente se investidores v�o alocar recursos no overnight ou v�o migrar para t�tulos p�blicos", acrescentou.

Migra��o

Bruno Serra tamb�m disse que a autoridade monet�ria tem observado uma migra��o entre investimentos em reais, mas negou que a causa seja o n�vel atual da Selic. "Se fosse a taxa Selic que estivesse gerando a dificuldade do Tesouro em captar recursos, o dinheiro estaria saindo de investimentos do Brasil. Investidor est� saindo de LFT com 2% e pouco de remunera��o e indo para compromissada rendendo 1,90%", afirmou na videoconfer�ncia.

Segundo ele, h� sa�da de recursos de investimentos com migra��o para poupan�a, CDBs e fundos de curto prazo - sendo que todos eles remuneram abaixo da Selic. "O fluxo cambial tem sido negativo sim, e em mar�o foi muito negativo. Na margem, o fluxo ainda est� negativo, mas bem pouco negativo", completou.

Para o diretor do BC, h� uma estrutura de mercado que tem levado a uma maior procura pelas opera��es compromissadas em vez de t�tulos p�blicos. "Temos um instrumento com pouca liquidez com a praticamente a mesma remunera��o das opera��es de overnight. Desde 2016 at� recentemente houve incentivos que criaram uma demanda cativa para t�tulo federal longo que atendeu estrat�gia do Tesouro para alongamento da d�vida", detalhou.

Para Serra, a raiz do problema � fiscal, com o aumento da necessidade de financiamento do Tesouro durante a pandemia de covid-19. "Mas os fundos de investimentos, compradores cativos de t�tulo, pararam de crescer de tamanho. Ser� preciso incentivar fundos, bancos e investidores a alocar investimentos em ativos mais longos, mas pelo pre�o e n�o por incentivos tribut�rios", avaliou.

Bruno Serra avaliou que o movimento no mercado de t�tulos, apesar de um ajuste abrupto na �ltimas semanas, tem se comportado bem nos �ltimos dias. "A informa��o est� chegando bem na ponta final", afirmou.

Por isso, destacou o diretor, o BC entende que ainda n�o precisa atuar na compra de t�tulos. "Com a autoriza��o pelo Congresso, temos um instrumento mais amplo que poderia ser usado em situa��o de disfuncionalidade do mercado. Agora, disfuncionalidade n�o � pre�o baixo ou pre�o alto, � um conceito mais amplo", completou.

Serra disse estar bastante confort�vel em rela��o � ind�stria de fundos no momento. "Disfuncionalidade na renda fixa seria ver um movimento de forma maci�a, numa corrida contra a ind�stria de fundos", acrescentou.


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