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Estado de Minas ECONOMIA

Moody�s sinaliza mudar nota de cr�dito se Pa�s n�o retomar ajuste fiscal em 2021


15/10/2020 07:05

A vice-presidente e analista s�nior do rating do Brasil na Moody�s Investors Service, Samar Maziad, disse ontem que a ag�ncia de classifica��o de risco espera algum avan�o na agenda de reformas ainda este ano ou no come�o de 2021, como forma de enfrentar os efeitos gerados pela pandemia, como a r�pida eleva��o da d�vida p�blica.

"O importante � que avancem", disse ela, acrescentando que o atual rating do Pa�s - anunciado em maio - j� considerava um aumento da d�vida para fazer frente aos gastos extraordin�rios com a pandemia. Mas tamb�m previa um esfor�o para retomar o ajuste fiscal a partir do pr�ximo ano.

"A manuten��o do rating incorpora esse aumento (de gastos), mas tamb�m prev� a retomada do ajuste fiscal em 2021", disse Samar, em evento organizado pela ag�ncia. "Se o apoio a reformas diminuir, haver� impacto negativo em nosso cen�rio."

Pelos crit�rios usados pela Moody�s, a chamada nota de cr�dito soberano do Brasil � de "Ba2", com perspectiva "est�vel". O Pa�s est� dois graus abaixo do piso para voltar a ser considerado grau de investimento - indica��o importante para investidores estrangeiros na hora de distribuir seus recursos.

O Brasil conquistou pela primeira vez o grau de investimento em 2008. Sete anos depois, a S&P; foi primeira a tirar o selo de bom pagador, seguida por Fitch e depois por Moody�s.

A Moody�s projeta que a rela��o entre d�vida p�blica bruta e Produto Interno Bruto (PIB), que era de 75,8% em 2019, supere os 97% no pr�ximo ano. "Esperamos que o crescimento econ�mico se recupere em 2021. Contudo, as reformas estruturais e o ajuste fiscal ser�o importantes para o Brasil conseguir um crescimento sustent�vel", afirmou a analista. Ela acrescentou que espera a manuten��o do teto de gastos, regra que condiciona o n�vel de gastos � evolu��o da infla��o. "O teto de gastos � a principal �ncora fiscal do Brasil."

Sobre a manuten��o de est�mulos extraordin�rios, como o aux�lio emergencial, ela disse que dentro do teto de gastos h� espa�o limitado para aumentar despesas. Assim, a ideia do ministro da Economia, Paulo Guedes, de unificar programas sociais pode requerer medidas compensat�rias.

Tamb�m presente no evento, o diretor do ASA Investments e ex-secret�rio do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, afirmou que, nas �ltimas duas semanas, ficou "mais animado" com a perspectivas de que o teto de gastos n�o ser� ultrapassado.

Segundo Kawall, ap�s alguns sinais do governo sobre o financiamento do Renda Cidad�, a rea��o negativa dos mercados foi percebida pela equipe econ�mica, que voltou a refor�ar que a regra ser� mantida. "A sinaliza��o � de que o governo vai respeitar o teto para financiar programas sociais."


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