Guedes sobre nova CPMF: 'enquanto n�o vierem com solu��o melhor, prefiro esse imposto de merda'

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (16) que ainda n�o descartou a ideia de criar um imposto sobre transa��es banc�rias. O 'Posto Ipiranga' do presidente Jair Bolsonaro disse que enquanto n�o houver uma solu��o para desonerar a folha, prefere "esse imposto de merda". 

 

"Temos que desonerar o custo do trabalho. Enquanto as pessoas n�o vierem com uma solu��o melhor, eu prefiro esse imposto de merda", disse o ministro durante evento virtual realizado pela XP Investimentos. 

 

De acordo com Guedes, o governo estuda um imposto para substituir aqueles aplicados sobre os sal�rios que as empresas pagam a empregados. "Por que voc� acha que estamos pensando nessa coisa de merda? Voc� acha que liberais gostam de criar impostos? De mandeira alguma. S� tem uma maneira razo�vel de pensar, � porque existe um pior funcionando hoje", disse. 

Ainda durante o evento, Guedes afirmou que o governo vai honrar o compromisso de limitar os gastos p�blicos abaixo do teto, mesmo que seja necess�rio abortar o novo programa social, o Renda Cidad�.

 

Ao participar de live da XP, o ministro afirmou que � prefer�vel manter o Bolsa Fam�lia como est� - ou seja, sem a amplia��o desejada no Renda Cidad� - do que realizar algum movimento que n�o tenha sustentabilidade fiscal.

 

"Se n�o conseguirmos encontrar espa�o para fazer um programa melhor, vamos voltar ao Bolsa Fam�lia. � melhor voltar ao Bolsa Fam�lia do que tentar fazer um movimento louco e insustent�vel".

 

O ministro disse que o governo n�o vai ser populista e garantiu que o programa de renda m�nima ser� fiscalmente sustent�vel, dentro da regra do teto de gastos. "N�o tem truque", afirmou Guedes. Ele salientou que maiores transfer�ncias de renda poderiam ser viabilizadas com cortes em subs�dios e dedu��es de classes de renda mais alta. "N�o tem nenhuma discuss�o sobre o teto (dos gastos)", disse Guedes.

 

 

O ministro da Economia tamb�m rebateu cr�ticas sobre as respostas do governo � pandemia e reafirmou o compromisso com a agenda de reformas e privatiza��es. 

 

Ele reconheceu que as privatiza��es n�o avan�am na velocidade prometida, mas atribuiu a demora ao tempo mais vagaroso da pol�tica e a paralisa��o causada pelo coronav�rus.

 

"N�s precisamos de quatro privatiza��es", afirmou Guedes, citando Correios, Eletrobras, PPSA e Porto de Santos. "Disse que em 90 dias anunciar�amos quatro grandes privatiza��es. Isso n�o aconteceu. O que aconteceu? Pol�tica", explicou.

 

Ele afirmou diversas vezes durante o evento que o governo tem um plano, inclusive na fase mais aguda da pandemia, quando a equipe econ�mica recebeu cr�ticas porque n�o estaria preparada para enfrentar a crise.

 

"N�s t�nhamos um plano e seguimos o plano no meio da pandemia", frisou Guedes, que aproveitou a live para listar as medidas emergenciais lan�adas desde a chegada do coronav�rus, destacando entre as principais o aux�lio emergencial e o programa de preserva��o de empregos.

 

O ministro voltou a dizer que agora a agenda de reformas foi retomada, mas ponderou que o tempo de aprova��o delas depende da pol�tica. "O tempo das reformas depende da pol�tica, mas temos que estar sempre propondo", afirmou Guedes, exaltando tamb�m em sua fala o apoio � agenda dado pelo Congresso. "O Congresso ajudou muito."