(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Tecnologia sofre com falta de qualifica��o


19/10/2020 13:45

Apesar de o Brasil somar 13 milh�es de desempregados, a falta de m�o de obra qualificada para preencher vagas abertas pela digitaliza��o j� acende um sinal de alerta entre empresas e especialistas. Uma pesquisa feita pela consultoria de recursos humanos Robert Half mostra que, enquanto a taxa de desocupa��o do Pa�s est� em 13,7%, o �ndice entre a popula��o qualificada, acima de 25 anos e com ensino superior completo, � menor que 6% - ou seja, estaria dentro da faixa do pleno emprego (entre 3% e 6%).

O soci�logo Glauco Arbix, professor da Universidade de S�o Paulo, afirma que hoje o Pa�s est� sendo "beneficiado" pelo atraso. Apesar do avan�o durante a pandemia, o �ndice de digitaliza��o e automa��o do Pa�s � muito baixo. Ou seja, se o Pa�s estivesse num processo mais acelerado, possivelmente haveria um apag�o de m�o de obra qualificada.

Qualquer empresa que tenta acelerar a digitaliza��o e automa��o no Pa�s esbarra na dificuldade de m�o de obra qualificada, diz Arbix. O diretor executivo da Associa��o Brasileira de Startups (Abstartups), Jos� Muritiba, confirma a dificuldade. "H� um gap entre o que as empresas precisam e a oferta no mercado."

Com novos investimentos, o mercado de tecnologia est� em franca expans�o e exige cada vez mais m�o de obra. Quase todas as startups, diz Muritiba, est�o com vagas abertas. Muitas optam por contratar um profissional menos maduro para a vaga e mold�-lo conforme a necessidade, por meio de cursos e atividades espec�ficas.

Forma��o

Nessa busca por profissionais espec�ficos e vendo a baixa oferta no mercado, a Cubos Tecnologia decidiu criar a Cubos Academy para formar programadores e designers de sites e aplicativos. "Sempre tivemos dificuldade para contratar algu�m para nossas vagas. Ent�o decidimos trein�-los e vimos que �ramos bons nisso", diz Jos� Messias J�nior, presidente da empresa.

Hoje, diz ele, os alunos que chegam para fazer os cursos s�o de v�rias �reas, como art�stica ou de suporte. S�o pessoas que querem mudar de ramo seja por causa da remunera��o ou porque entendem que suas ocupa��es est�o aos poucos perdendo espa�o no mercado.

Iode Reis, de 32 anos, foi um deles. Est� fazendo o curso de programador. Ele trabalha com infraestrutura de redes e suporte, conhecido tamb�m como help desk. Segundo ele, boa parte do que era f�sico est� sendo transferido para o sistema de nuvens e isso tem reduzido o volume de trabalhos. O n�mero de chamadas que antes era de 30 a 40 por dia caiu para 7. E a quantidade de trabalhadores de 30 para 7.

Ad�o Gentil Teixeira n�o conseguiu seguir o mesmo caminho e foi uma das v�timas da falta de treinamento. Ele estudou desenho e projetos mec�nicos no Senai e passou a trabalhar com um software, que tinha uma vers�o diferente a cada ano. "Meu sal�rio n�o acompanhava a tecnologia. Fui ficando obsoleto e desatualizado", diz o trabalhador de 50 anos, que n�o tem conseguido se encaixar nas exig�ncias das empresas.

Para especialistas, a transforma��o que vivemos hoje pode ser comparada � transi��o da for�a de trabalho da agricultura para a ind�stria no in�cio do s�culo 20. "Daqui para frente, o que vamos ver � uma readequa��o do trabalho, com as atividades repetitivas sendo substitu�das por recursos digitais", diz o s�cio diretor da consultoria Roland Berger, Marcus Ayres. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)