Ap�s o super�vit de US$ 3,721 bilh�es em agosto, o resultado das transa��es correntes ficou novamente positivo em setembro deste ano, em US$ 2,320 bilh�es, informou nesta sexta-feira, 23, o Banco Central. Este � o melhor resultado para meses de setembro na s�rie hist�rica do BC, iniciada em janeiro de 1995.
Os dados refletem os efeitos da pandemia do novo coronav�rus, que a partir de mar�o se intensificou no Brasil, reduzindo o volume de importa��es de produtos. A autarquia projetava para o m�s passado super�vit de US$ 3,7 bilh�es na conta corrente.
O n�mero de setembro ficou dentro do levantamento realizado pelo Proje��es Broadcast, que tinha intervalo de super�vit de US$ 0,200 bilh�o a US$ 3,700 bilh�es (mediana positiva de US$ 2,970 bilh�es).
A balan�a comercial registrou saldo positivo de US$ 5,355 bilh�es em setembro, enquanto a conta de servi�os ficou negativa em US$ 1,621 bilh�o. A conta de renda prim�ria tamb�m ficou deficit�ria, em US$ 1,625 bilh�o. No caso da conta financeira, o resultado ficou positivo em US$ 2,313 bilh�es.
Acumulados
No acumulado do ano at� setembro, o rombo nas contas externas soma US$ 6,476 bilh�es. A estimativa atual do BC � de d�ficit em conta corrente de US$ 10,2 bilh�es em 2020. O c�lculo foi atualizado no �ltimo Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI).
Nos 12 meses at� setembro deste ano, o saldo das transa��es correntes est� negativo em US$ 20,656 bilh�es, o que representa 1,37% do Produto Interno Bruto (PIB). Este � o menor porcentual desde abril de 2018 (1,21%).
Lucros e dividendos
A rubrica de lucros e dividendos do balan�o de pagamentos apresentou saldo positivo de US$ 50 milh�es em setembro, informou o Banco Central. A entrada l�quida contrasta com os US$ 2,555 bilh�es que foram enviados ao exterior por companhias instaladas no Brasil em igual m�s do ano passado, j� descontados os ingressos.
No acumulado do ano at� setembro, houve sa�da l�quida de recursos via remessa de lucros e dividendos, de US$ 13,420 bilh�es. A expectativa do BC � de que a remessa de lucros e dividendos de 2020 some US$ 16,7 bilh�es. Esta proje��o foi atualizada no �ltimo RTI.
O BC informou tamb�m que as despesas com juros externos somaram US$ 1,687 bilh�o em setembro, ante US$ 1,193 bilh�o em igual m�s do ano passado.
No acumulado do ano at� setembro, essas despesas alcan�aram US$ 16,765 bilh�es.
Viagens internacionais
Sob os efeitos da pandemia do novo coronav�rus na economia, a conta de viagens internacionais registrou d�ficit de apenas US$ 138 milh�es em setembro, informou o Banco Central. O valor reflete a diferen�a entre o que os brasileiros gastaram l� fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil no per�odo. Em setembro de 2019, o d�ficit nessa conta foi de US$ 930 milh�es.
Na pr�tica, com o d�lar mais elevado e a restri��o de voos em v�rios pa�ses, os gastos l�quidos dos brasileiros no exterior despencaram 85,16% em setembro deste ano. Vale lembrar que a pandemia do novo coronav�rus ganhou corpo a partir de mar�o, quando se intensificaram as restri��es de deslocamento entre pa�ses.
O desempenho da conta de viagens internacionais no m�s passado foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 301 milh�es - queda de 77,37% em rela��o a setembro de 2019. J� o gasto dos estrangeiros em viagem ao Brasil ficou em US$ 164 milh�es no m�s passado, o que representa um recuo de 59,00%.
No ano at� setembro, o saldo l�quido da conta de viagens ficou negativo em US$ 2,029 bilh�es.
D�vida externa
A estimativa do Banco Central para a d�vida externa brasileira em setembro � de US$ 303,695 bilh�es. Segundo a institui��o, o ano de 2019 terminou com uma d�vida de US$ 322,985 bilh�es.
A d�vida externa de longo prazo atingiu US$ 232,091 bilh�es em setembro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 71,604 bilh�es no fim do m�s passado.
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ECONOMIA
Setor externo tem super�vit de US$ 2,320 bi, melhor n�mero para setembro da s�rie
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