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Estado de Minas ECONOMIA

Com volta do risco pol�tico, d�lar sobe e bolsa cai


28/10/2020 06:59

Se o exterior j� n�o vinha ajudando, diante do aumento de casos de covid-19 e sem um pacote de est�mulos nos Estados Unidos, o cen�rio dom�stico apenas contribuiu para piorar o clima dos mercados financeiros nesta segunda, 26. Os ativos locais tiveram pior performance do que os pares internacionais, com o d�lar em R$ 5,68 e o Ibovespa abaixo dos 100 mil pontos.

A deteriora��o do humor ganhou corpo � tarde, depois que o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a obstru��o de projetos de interesse econ�mico pela pr�pria base aliada do governo. Tal fato trouxe de volta a percep��o de que as reformas necess�rias para ajudar reverter a fr�gil situa��o fiscal do Pa�s ter�o dificuldade em andar no Congresso.

O resultado n�o poderia ser outro: fuga do risco. N�o por acaso, o real teve o pior desempenho ante o d�lar dentro de uma cesta de 34 moedas. A divisa americana no mercado � vista subiu 1,20%, a R$ 5,6827, muito perto da m�xima da sess�o.

"As preocupa��es fiscais persistem e os pre�os v�o variar a depender das a��es do governo nessa �rea", afirma a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte. Nesse ambiente, o d�lar pode ir de R$ 4,00 para mais de R$ 6,00, a depender de como fica a responsabilidade fiscal do governo. Para 2021, ela projeta a taxa entre R$ 4,80 e R$ 5,00, com o governo cedendo a certas press�es para mais gastos. "Vai ser dif�cil ver o governo 100% empenhado em compromisso fiscal."

J� o Ibovespa, que vinha defendendo os 100 mil pontos nos �ltimos dias, apesar da piora externa, tamb�m n�o resistiu e cedeu 1,40%, aos 99.605 pontos. Os investidores aproveitaram a alta recente dos pap�is do setor financeiro e realizaram lucros.

"As declara��es de Maia mostram que as coisas, na pol�tica, n�o est�o t�o joinhas como se chegou a fazer crer. Assim, o pol�tico � algo que volta ao pre�o, bem como nos EUA, com a falta de avan�o no pacote fiscal", disse Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. "Na pol�tica americana, h� tantos fatores de incerteza imediata, n�o s� sobre quem vencer� a elei��o, como tamb�m sobre a composi��o da C�mara e do Senado, e uma Suprema Corte com mais uma integrante conservadora, em vit�ria de �ltima hora de Trump."

A partir desta ter�a, 27, a aten��o do mercado dom�stico tende a se dividir entre as incertezas externas e os sinais do Banco Central ao fim da reuni�o do Copom. "H� complica��es no cen�rio que precisar�o ser endere�adas na comunica��o. A infla��o est� bem pressionada no curto prazo. N�o � desprez�vel e parte dela ficar� por per�odo indeterminado. H� choques de oferta que permanecem em aberto. E, em termos fiscais, incerteza completa, inclusive sobre as reformas e sobre como vai ficar o aux�lio (emergencial)", observa Vieira.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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