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Estado de Minas ECONOMIA

Com�rcio se prepara para trabalhar com o Pix


05/11/2020 11:24

A menos de duas semanas do in�cio do funcionamento pleno do Pix, o sistema de pagamentos instant�neos do Banco Central, o com�rcio se prepara para uma grande mudan�a no modo de fazer compras � vista. A partir do dia 16, os pagamentos poder�o ser feitos pelo celular, substituindo o dinheiro e o cart�o de d�bito, usando, principalmente, um QR Code - o Quick Response Code, ou c�digo de resposta r�pida.

Os meios de pagamentos usados hoje n�o deixar�o de existir, mas a aposta � que o Pix ganhe espa�o, pela praticidade e pela rapidez na finaliza��o da transa��o, que deve ser conclu�da em dez segundos. A novidade deve mudar o dia a dia nos estabelecimentos, com menos circula��o de c�dulas e maquininhas deixadas de lado.

A certeza, por enquanto, � que os custos operacionais v�o diminuir, o fluxo de caixa vai ficar mais �gil e at� mesmo novas estrat�gias de neg�cio v�o surgir, especialmente no varejo e no e-commerce.

Caroline Nogueira � s�cia de um restaurante self-service da fam�lia, no Itaim Bibi, na zona sul da capital paulista, e planeja ficar apenas com uma das tr�s maquininhas de cart�o que tem atualmente. "Primeiro, vamos sentir quanto o Pix vai ser usado pelos clientes. O valor que se gasta no quilo n�o � nada muito absurdo, ent�o, muitas pessoas j� pagam no d�bito. � uma vantagem grande para n�s, porque acaba diminuindo as taxas e melhora o fluxo de caixa", disse. "E eu vou ter o dom�nio do valor que recebo."

E, com mais dinheiro � disposi��o em menos tempo, ela acredita que a economia vai girar mais rapidamente. "Tenho meus fornecedores tamb�m. Com certeza vai haver press�o por parte deles para receber mais r�pido."

Shirlei Castanha, diretora do Supermercado Castanha, em Osasco, na regi�o metropolitana de S�o Paulo, acredita que a rela��o com os fornecedores n�o vai mudar imediatamente. "Para a gente pagar algo � vista, � muito dif�cil. A filosofia do com�rcio era comprar dos fornecedores com (pagamento em) 30 dias e vender em um prazo menor. Hoje n�o acontece mais assim. Eu pago com 30 dias e recebo dos clientes em 40 dias, est� mais ou menos desse jeito", explicou. As vendas com papel moeda representam 25% do total no supermercado e as no d�bito, 45%.

Para ela, os clientes n�o v�o mudar de h�bito no primeiro momento. "Uma amiga me disse: 'Dependendo do hor�rio, se eu usar o d�bito, meu dinheiro sai da conta s� amanh�, por que eu usaria o Pix se o meu dinheiro vai sair da conta neste exato momento?' Acho que as pessoas v�o precisar de um est�mulo para experimentar."

O sistema deve entrar em pleno funcionamento no dia 16, mas na ter�a-feira o Banco Central iniciou uma opera��o restrita com at� 5% dos clientes banc�rios autorizados a usar o Pix.

Patrick Negri, s�cio-fundador da fintech de gest�o e automa��o financeira iugu, enxerga v�rias oportunidades, a depender do desenvolvimento do Pix no Pa�s. "Tem muita gente que consome produtos que o Pix ainda n�o oferece. Por exemplo, ainda n�o vai ser poss�vel deixar o Pix no autom�tico", disse, explicando que servi�os de recorr�ncia, como assinaturas, poderiam ser beneficiados. "Para o e-commerce, h� uma s�rie de vantagens e tem muita gente correndo por causa da Black Friday", afirmou Negri.

O Uber disse que vai disponibilizar gradualmente o Pix como forma de pagamento para compra de cr�ditos pr�-pago (Uber Cash) e tamb�m como forma de pagamento direto na plataforma.

Trocadilho na pizzaria

Com o novo meio de pagamento, David Barbosa espera que os clientes passem a fazer mais pedidos diretamente ao estabelecimento e menos por aplicativos de entrega de comida. Ele abriu uma pizzaria, tamb�m batizada de Pix, em Jo�o Pessoa (PB), em mar�o com a mulher, Andressa Campanharo.

O nome da pizzaria nada tem a ver com o sistema. Formado em publicidade e vindo do ramo audiovisual, Barbosa explicou que quis fazer um trocadilho com a palavra "pizza", cuja sonoridade � parecida com "Pix". Apesar da n�o intencionalidade, os acessos ao site da pizzaria saltaram de 2 mil para 4 mil em outubro. "No primeiro m�s, n�o cheg�vamos a dez pedidos por dia. Hoje, temos uma m�dia de 55."
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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