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Estado de Minas ECONOMIA

Poupan�a tem capta��o l�quida de R$ 7,017 bi em outubro, revela BC


06/11/2020 15:45

Ainda sob os efeitos da crise provocada pela pandemia do novo coronav�rus, as fam�lias brasileiras fizeram mais dep�sitos do que saques na caderneta de poupan�a no m�s passado. Dados do Banco Central mostram que, em outubro, os dep�sitos l�quidos somaram R$ 7,017 bilh�es. Este � o maior volume de dep�sitos l�quidos para um m�s de outubro, em valores nominais, em toda a s�rie hist�rica do BC, iniciada em 1995.

O m�s de outubro tamb�m foi o oitavo consecutivo em que houve registro de dep�sitos l�quidos. Em mar�o, quando a pandemia do novo coronav�rus fez com que o isolamento social se intensificasse, com reflexos sobre a atividade econ�mica, as fam�lias haviam depositado R$ 12,169 bilh�es l�quidos na poupan�a. Em abril, foram R$ 30,458 bilh�es; em maio, R$ 37,201 bilh�es; em junho, R$ 20,534 bilh�es; em julho, R$ 28,144 bilh�es; em agosto, R$ 11,403 bilh�es; e em setembro R$ 13,228 bilh�es.

Esta corrida para a caderneta � justificada pela postura das fam�lias em rela��o � crise e pelas a��es do governo para manter a renda da popula��o.

Nos �ltimos meses, o BC vem citando, por meio de documentos oficiais, que existe o risco de que a pandemia aumente a "poupan�a precaucional" no Brasil. Em outras palavras, o BC v� o risco de que as fam�lias, com medo do desemprego e da redu��o da renda, aumentem dep�sitos em aplica��es como a caderneta de poupan�a, para formar um "colch�o" em caso de emerg�ncias. Isso � visto com ressalvas, porque mais dinheiro na poupan�a significa menos consumo - e ainda mais dificuldades para as empresas brasileiras.

O pagamento do aux�lio emergencial � popula��o de baixa renda nos �ltimos meses, no valor de R$ 600, � outro fator que contribuiu para o aumento dos dep�sitos na poupan�a. O governo fez os pagamentos por uma conta de poupan�a digital. Os dep�sitos come�aram a ser feitos em 9 de abril e parte deles segue depositada na poupan�a, por precau��o. Al�m disso, o governo j� come�ou a depositar na conta dos benefici�rios a extens�o do aux�lio emergencial, no valor de R$ 300. Este valor continuar� a ser depositado at� o fim deste ano.

Os n�meros de outubro mostram que os dep�sitos brutos na caderneta foram de R$ 279,576 bilh�es, enquanto os saques atingiram R$ 272,559 bilh�es. Com isso, chegou-se � capta��o l�quida de R$ 7,017 bilh�es. Considerando o rendimento de R$ 1,619 bilh�o de setembro, o saldo total da poupan�a atingiu R$ 1,010 trilh�o no m�s passado. Desde setembro - e pela primeira vez na hist�ria - o saldo da caderneta supera, em valores nominais, a marca de R$ 1 trilh�o.

No ano at� outubro, a poupan�a acumulou dep�sitos l�quidos de R$ 144,227 bilh�es. Chama a aten��o o fato de que a poupan�a vem recebendo dep�sitos l�quidos nos �ltimos meses a despeito de sua rentabilidade estar cada vez menor. Atualmente, a poupan�a � remunerada pela taxa referencial (TR), que est� em zero, mais 70% da Selic (a taxa b�sica de juros). A Selic, por sua vez, est� em 2,00% ao ano, no menor patamar da hist�ria. Na pr�tica, a remunera��o atual da poupan�a � de 1,4% ao ano - um porcentual que pode nem mesmo compensar a infla��o corrente.

Esta regra de remunera��o da poupan�a vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupan�a � atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao m�s (6,17% ao ano).


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