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Estado de Minas BEBIDA

Cervejeiros mineiros criam cooperativa para fortalecer setor

Em meio � pandemia e com segmento ainda impactado com o caso Backer, produtores de cervejas artesanais se unem para expandir mercado


06/11/2020 16:07 - atualizado 06/11/2020 17:09

Segmento produtor de cervejas artesanais se mobiliza para fortalecer setor em Minas(foto: CoopCerva/Divulgação)
Segmento produtor de cervejas artesanais se mobiliza para fortalecer setor em Minas (foto: CoopCerva/Divulga��o)
Ap�s o impacto causado no segmento pelo caso da contamina��o de produtos da cervejaria Backer  e agravado pela pandemia, empreendedores do setor cervejeiro artesanal em Minas se unem e criam uma cooperativa. O grupo, formado inicialmente por 25 produtores, come�a a buscar adeptos junto �s diversas associa��es do ramo. De acordo com a Organiza��o das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), para constitui��o de uma cooperativa � necess�rio reunir pelo menos 20 pessoas f�sicas.
O caso Backer, segundo um dos idealizadores da cooperativa, administrador e diretor-executivo da CoopCerva, Sandro Luiz de S� Souza, foi um momento ruim para esse nicho de neg�cios, uma vez que a empresa come�ava a quebrar paradigmas. Com seu crescimento, a empresa chamou a aten��o de consumidores para os produtos artesanais, que come�aram a perceber que havia uma infinidade de estilos. 
 
"Foi um abalo no mercado", observa Sandro. "Num primeiro momento gerou desconfian�a e resist�ncia do consumidor." O avan�o das investiga��es e a ampla repercuss�o do caso tamb�m produziram novas informa��es, demonstrando que essas cervejarias t�m crit�rios, obedecem a regulamenta��es e determina��es da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) e do Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa), por se tratarem de ind�stria de alimentos. O resultado � que essa lacuna no mercado, estimada em 1 mih�o de garrafas por m�s, proporcionou a entrada de outras marcas. "Hoje vemos uma diversidade de tipos de cervejas artesanais nas g�ndolas de supermercados."
 
Um dos primeiros passos ser� levantar a discuss�o sobre crit�rios que identifiquem o ramo artesanal, como limites de produ��o, percentuais de itens artesanais, e posteriormente a defini��o tamb�m das categorias premium e especial. "N�o existia a figura jur�dica a defender esse conceito. Muitas que se apresentam artesanais t�m escala industrial", explica Sandro de S�. A cria��o de um selo de classifca��o para cervejas artesanais est� em discuss�o junto � Secretaria de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Seapa).
 
O �rg�o p�blico informou que uma equipe apresentou o programa de certifica��o do Governo de Minas (Certifica Minas) ao setor de cervejas artesanais e est� aguardando a manifesta��o de interesse dos representantes. "A partir de uma manifesta��o positiva, ser� montada uma comiss�o t�cnica na Secretaria de Agricultura para o estudo de viabilidade da implanta��o do selo."
 
Paralelamente, tamb�m foi constitu�do o Centro Cultural da Cerveja, que funcionar� na Avenida Oleg�rio Maciel, no Bairro de Lourdes, Regi�o Centro-Sul de BH, uma sociedade por cotas de participa��o (SCP), onde a cooperativa adquiriu cotas para gerar recursos, permitindo futuramente a sustentabilidade da entidade, al�m de oferecer planta cervejeira a ser utilizada para produ��o pr�pria ou de cooperados.
 
O diretor-executivo da CoopCerva explica que basicamente a cooperativa oferecer� aos cooperados meios de  fomentar o mercado cervejeiro mineiro. "O que v�amos era um certo individualismo em um mercado que cabe todos. Agora, poderemos nos fortalecer e, unidos, comprar insumos, vasilhames em escala, como tamb�m equipamentos, uma vez que as cooperativas contam com alguns benef�cios tribut�rios, o que torna mais rent�vel, sustent�vel e promissor este ramo." 

Cadeia produtiva

A cooperativa tamb�m promete movimentar a cadeia produtiva e j� investe em entendimentos com produtores de l�pulo no Brasil, um mercado ainda incipiente. Segundo Sandro Souza entre 88 e 92% desse insumo � importado." A parceria com esse setor no Brasil nos permitir� adquirir um produto mais fresco o que proporcionar� uma cerveja com aroma e sabor diferenciados." A proposta tamb�m � intermediar entre produtores com equipamentos ociosos e pequenos que querem expandir seus neg�cios, mas n�o contam com capital para ampliar a �rea e compra de equipamentos de produ��o. Um espa�o no bairro Bonfim, ponto de f�cil acesso aos principais corredores vi�rios da Capital, funcionar� como central de estoques e distribui��o da cooperativa.
 
Idealizada em 2019 por Luiz Henrique Balbino, servidor p�blico de regulamenta��o urbana, e Sandro Luiz de S� Souza, empreendedor e administrador, a cooperativa levou um ano para sair do papel. O prop�sito, segundo os criadores, � desenvolver parcerias junto aos maiores e mais importantes players do mercado cervejeiro para compra e venda de insumos (malte, l�pulo, levedura) e produtos (garrafas, latas, caixas de papel�o, tampinhas, barris). 
 
A cooperativa oferece solu��es de log�stica para os cooperados e para o mercado cervejeiro como hospedagem e distribui��o de barris e produtos acabados. A ideia tamb�m � constituir pontos de venda (denominados PDVs) para os cooperados atrav�s da instala��o de "Stations" (choppeiras de auto-servi�o) em v�rios pontos da cidade e do estado. A CoopCerva tem canal no Instagram @Artinbrewing para divulga��o e postagens, tanto da cooperativa quanto do Centro Cultural Cervejeiro.


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