O Brasil est� em um trajet�ria fiscal "preocupante", avalia o Instituto Internacional de Finan�as (IIF), em relat�rio divulgado nesta ter�a-feira, 10. Pelos c�lculos da institui��o, o Pa�s deve registrar d�ficit superior a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
Segundo a an�lise, o governo brasileiro implementou um amplo pacote de est�mulos para atenuar os efeitos econ�micos da pandemia, em volume semelhante aos de algumas economias desenvolvidas.
O IIF explica que as medidas expansionistas limitaram o choque causado pela covid-19, mas deixaram pouca margem para manobra. "A d�vida p�blica j� era alta e cumprir a regra fiscal do Brasil requer anos de cortes sustentados de gastos", pontua.
Para financiar o passivo, o Pa�s retirou dep�sitos do Banco Central, que, por sua vez, colocou mais t�tulos p�blicos no mercado por meio de opera��es de recompra (repo). "Redu��o de dep�sitos no BC evita emiss�o de d�vida, mas a opera��o aumenta o dinheiro em circula��o. O BC ent�o esteriliza por meio de acordos de recompra reversa para manter inalterada a posi��o da pol�tica monet�ria", ressalta.
Como as opera��es s�o de 20 dias, em m�dia, esse esquema pressup�e empr�stimo de curt�ssimo prazo � taxa Selic, argumenta o IIF.
O vencimento m�dio dos pap�is caiu de forma acentuada e, em setembro, estava em 2 anos, n�o muito acima do 1,5 ano registrado na crise de 2002. "Dito isso, o cen�rio externo � radicalmente diferente agora. A d�vida externa � uma ordem de magnitude menor, o d�ficit em conta corrente � pequeno (contra 4,2% do PIB em 2001) e os colch�es de reserva s�o s�lidos agora", compara.
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