(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Antes da pandemia, Brasil tinha 51,7 milh�es abaixo da linha da pobreza, diz IBGE


12/11/2020 12:24

Quando a recess�o causada pela covid-19 atingiu a economia, a partir de mar�o, o mercado de trabalho j� estava fragilizado e, no ano passado, 51,742 milh�es de brasileiros, ou 24,7% da popula��o, estavam abaixo da linha de pobreza definida pelo Banco Mundial para pa�ses de renda m�dia-alta. Esse contingente sobrevive com renda mensal de, no m�ximo, R$ 436 por pessoa do domic�lio. Dentro desse grupo, os considerados extremamente pobres - com renda mensal de at� R$ 151 por pessoa do domic�lio - eram 13,689 milh�es em 2019, 6,5% da popula��o, informou nesta quinta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

Na passagem de 2018 para 2019, o quadro mudou pouco. Tr�s anos de baixo crescimento econ�mico entre 2017 a 2019, sempre abaixo de 2% ao ano, mantiveram a tend�ncia de alta da pobreza, que cresceu fortemente com a recess�o anterior � atual, de 2014 a 2016.

Em 2014, quando 22,8% dos brasileiros estavam abaixo da linha de pobreza definida pelo Banco Mundial para pa�ses de renda m�dia-alta, menor propor��o desde 2012, o contingente era de 45,817 milh�es. De l� para o ano passado, 5,926 milh�es passaram abaixo dessa faixa de pobreza, uma alta de 12,9% no per�odo.

Tamb�m em 2014, os extremamente pobres eram 4,5% da popula��o, ou 9,033 milh�es de pessoas. Entre aquele ano e 2019, 4,656 milh�es de brasileiros passaram a essa condi��o, um salto de 51,5%. De 2018 para 2019, foram 151 mil a mais na extrema pobreza.

Os dados s�o da S�ntese de Indicadores Sociais (SIS) 2020, feita com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad-C), do IBGE. Referentes a 2019, n�o captam os efeitos da pandemia.

As primeiras informa��es sobre a crise atual, obtidas pela Pnad Covid, vers�o especial da pesquisa do IBGE desenvolvida para acompanhar os efeitos da pandemia, mostram redu��o da pobreza - medida apenas pela renda monet�ria, ou seja, n�o levam em conta outros aspectos, como patrim�nio -, puxada pelo aux�lio emergencial pago pelo governo federal aos trabalhadores informais de baixa renda. Em meio � pandemia, mais da metade da popula��o foi beneficiada de alguma forma pelo aux�lio emergencial. Essa queda da pobreza tende a ser tempor�ria, ou seja, os brasileiros mais vulner�veis voltar�o a ficar mais pobres quando o aux�lio for extinto.

A SIS 2020 mostra que, de 2018 para 2019, al�m de o estrago da recess�o de 2014 a 2016 em termos de aumento da pobreza n�o ter sido desfeito, a desigualdade de renda permaneceu elevada. Como j� divulgado pelo IBGE em maio passado, em 2019, o �ndice de Gini do rendimento domiciliar per capita ficou em 0,543 (quanto mais pr�ximo de 1,0, maior a desigualdade), acima do 0,540 de 2012, ano inicial da s�rie do indicador, e do 0,524 de 2015 (0,524), menor registro desde ent�o.

O estudo ressalta ainda outras formas de desigualdade, como o fato de a pobreza atingir mais as mulheres e as pessoas de pele preta ou parda. No caso da cor da pele, 56,3% do total da popula��o se diz preto ou pardo, mas, entre os 13,689 milh�es extremamente pobres, eles representam 76,7%.

"A pobreza atinge de forma mais forte as mulheres pretas ou pardas", afirma B�rbara Cobo, analista do IBGE.

Em termos regionais, 27,2% da popula��o vive no Nordeste. No contingente dos extremamente pobres, mais da metade, ou 56,8% vive na regi�o.

Desemprego de longa dura��o

Antes mesmo de a pandemia aniquilar 14 milh�es de vagas de trabalho, entre formais e informais, entre fevereiro e julho deste ano, o desemprego de longa dura��o j� se espalhava pelos trabalhadores brasileiros. O Brasil � destaque mundial nesse quesito, segundo a SIS 2020.

Considerando dados de 2018 e a propor��o de desempregados h� um ano ou mais, o Brasil tem a quarta pior taxa, num ranking com pa�ses da Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), que re�ne as na��es mais ricas do mundo. O Pa�s aparece atr�s apenas de Gr�cia, Espanha e It�lia.

Em 2019, 27,5% dos desocupados no Brasil estavam nessa situa��o h� dois anos ou mais, segundo a SIS 2020.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)