O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, durante o 39� Encontro Nacional de Com�rcio Exterior (Enaex) que o governo atual, por ser uma alian�a de centro-direita, n�o vai aumentar impostos.
Ele criticou quem defende uma mudan�a no teto de gastos, o que � uma percep��o de "fura teto" com apelos pol�ticos. Os defensores da mudan�a do teto, sugerem como contrapartida um aumento de impostos para fazer frente a novos gastos sociais, com o que o ministro diz n�o concordar.
"N�s somos uma alian�a de centro-direita e n�o vamos aumentar impostos", reiterou o ministro
De acordo com ele, governos anteriores permitiram a expans�o descontrolada de gastos p�blicos e causaram a disfuncionalidade e mau funcionamento da economia.
Guedes tamb�m disse que vai abrir a economia brasileira, que ficou fechada por 20, 30 anos. Sobre novos acordos comerciais, ele disse que o governo est� conversando com Jap�o, Canad� e Coreia do Sul.
"O Brasil est� virado para a �sia", disse ele, refor�ando que com a combina��o da queda da Selic com a alta do c�mbio, al�m do controle dos gastos, as exporta��es t�m aumentado. Ele acrescentou que o Brasil colocou um brasileiro na presid�ncia do Banco dos Brics Marcos Troyjo para justamente ajudar a construir uma estrutura transnacional para o Brasil. "Vamos trazer g�s da Argentina e reduzir em 12 dias as viagens para a �sia. Tenho dito que vamos dan�ar como todo mundo porque ficamos fechados por 30 anos", comentou.
Cen�rio fiscal
O ministro da Economia falou sobre economia, de modo geral, durante a 39� Enaex, mas foi para o fiscal que ele dedicou mais tempo da sua fala. "Chegamos e falamos que nosso inimigo era o descontrole de gastos p�blicos", lembrou.
Guedes tamb�m aproveitou o espa�o para alfinetar economistas "de alto pedigree", nas palavras dele, que t�m, tamb�m, segundo ele sugerido mudan�as no teto de gastos.
De acordo com ele, s�o representantes da social democracia que permitiram o excesso de gastos que levou o fiscal do Pa�s � atual situa��o. "N�s n�o vamos aumentar impostos. Ent�o vamos precisar do teto de gastos. O teto virou s�mbolo, a bandeira contra excesso de gastos. Vamos precisar dele", refor�ou o ministro.
Ele disse que a proposta do governo � o de transformar o Pa�s, como a democracia exige e levar o Brasil a ser um Estado social. Isso, de acordo com ele, passa pela transforma��o do funcionalismo p�blico.
"Pedimos a contribui��o do funcionalismo de n�o pedir aumento de sal�rios durante a pandemia neste e no pr�ximo ano porque tivemos que gastar quase 10% do PIB em medidas de combate � pandemia", disse Guedes.
De acordo com ele, s� por n�o ter concedido aumento aos funcion�rios p�blicos, nas tr�s esferas, o Pa�s economizou R$ 150 bilh�es. Se for aprovada a reforma administrativa, de acordo com Guedes, ser�o economizados mais cerca de R$ 450 bilh�es. "Quebramos a din�mica explosiva com o controle de gastos e o Brasil estava colhendo os frutos dessa mudan�a at� a chegada da pandemia", comentou.
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