A raz�o para o recorte do levantamento de munic�pios com popula��o superior a 80 mil habitantes � a precariedade ou aus�ncia de dados, principalmente em cidades com menos de 60 mil habitantes. "N�o adiantaria fazer um ranking que contemplasse o Pa�s inteiro, mas n�o tivesse dados reais para compara��o", afirma Lucas Cepeda, coordenador de competitividade do Centro de Lideran�as P�blicas (CLP).
Mas o problema n�o � completamente resolvido nos munic�pios maiores. No processo de elabora��o do ranking, o CLP teve de excluir alguns indicadores que tinham baixa frequ�ncia de informa��es, como coleta seletiva de lixo.
Ainda assim, das 405 cidades analisadas, 151 n�o informaram n�meros para pelo menos um dos 55 indicadores componentes do levantamento e, por isso, receberam nota zero no respectivo quesito.
A aus�ncia de informa��es foi maior com rela��o aos dados fiscais, de saneamento e de meio ambiente - temas em alta no debate nacional em meio ao novo marco do saneamento e os problemas generalizados nas contas p�blicas em todos os n�veis federativos.
Os lanternas do levantamento figuram entre os munic�pios com maior apag�o de dados: Moju tem seis faltas, Tail�ndia (8), Abaetetuba (8), Tucuru� (9) e Marituba (4). Com a posi��o 400 no ranking, Manacapuru, na regi�o metropolitana de Manaus, lidera a lista de faltas, somando dez.
O CLP tamb�m se deparou com dados "absurdos", segundo Cepeda, que n�o t�m rela��o com a realidade, tamb�m punindo o munic�pio com nota zero quando h� incoer�ncia.
Um caso emblem�tico � Cabo Frio (RJ), que declarou para o Tesouro Nacional que gasta apenas 2% da Receita Corrente L�quida (RCL) com pessoal. "Sendo que a m�dia do Pa�s � de 60%", destaca o coordenador. A cidade fluminense recebeu nota zero no quesito sustentabilidade fiscal e amarga a 344.� posi��o em competitividade.
O CLP espera motivar mais munic�pios a divulgarem dados corretamente. "Ningu�m quer ser o �ltimo e, �s vezes, alguns munic�pios ficam na lanterna porque n�o declaram dados, n�o necessariamente porque est�o t�o mal em termos relativos", frisa Cepeda.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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