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Estado de Minas ECONOMIA

Ideia de Guedes de vender reservas vira alvo de cr�ticas


21/11/2020 07:32

A men��o do ministro da Economia, Paulo Guedes, � ideia de usar a venda de reservas como um dos instrumentos para reduzir a d�vida p�blica n�o foi bem recebida pelo mercado. Analistas consultados pelo Estad�o/Broadcast avaliam que as reservas n�o s�o o instrumento mais adequado para controlar o endividamento e vend�-las seria algo pontual, que funcionaria como um "truque cont�bil".

A avalia��o � que essa medida s� produz al�vio na d�vida bruta por conta da metodologia de medi��o do Brasil, que � diferente do c�lculo do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e de outros pa�ses. Al�m disso, a men��o ao uso de reservas eleva preocupa��es com o avan�o da agenda de reformas no Pa�s.

Na noite de quinta-feira, 19, Guedes afirmou, em evento do Bradesco BBI, que far� "o que for necess�rio" para reduzir a d�vida, que deve chegar a 96% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, conforme proje��o do Tesouro Nacional, e ultrapassar 100% do PIB em 2025.

Dentre o card�pio de medidas para atingir esse objetivo, o ministro citou a possibilidade de "at� vender um pouco de reservas", al�m de vender outros ativos, privatizar, reduzir a d�vida interna e desalavancar bancos p�blicos.

Na avalia��o do diretor do ASA Investments e ex-secret�rio do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, a venda de reservas para reduzir a d�vida � uma m� ideia, contr�ria ao c�mbio flutuante, uma vez que o fluxo tem melhorado, e soa estranha em um momento em que se aproxima a autonomia do Banco Central. "Fica ainda mais estranho conceitualmente defender que o BC, que vai ganhar autonomia, tome decis�es com seu ativos com fins de pol�tica fiscal. Temos de caminhar na separa��o da pol�tica monet�ria e fiscal." Kawall ainda lembra que a ideia de vender reservas para reduzir d�vida foi cogitada no passado por quem n�o queria fazer reformas, referindo-se ao governo Dilma Rousseff (PT).

O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, por sua vez, avalia que a fala sinaliza que o governo est� ficando sem op��es para controlar o rombo fiscal e � mais um elemento que corrobora um clima de desesperan�a com o avan�o da agenda de reformas. "O fiscal n�o est� andando, temos um problema de fluxo de d�vida muito grande e vemos o ministro falando de redu��o de estoque de reservas: � um sinal que n�o � muito bom", disse.

O economista-chefe do Banco Fator, Jos� Francisco Lima Gon�alves, afirma que a declara��o de Guedes � mais do mesmo em meio a uma agenda de reformas estagnada. "O que foi dito (na quinta-feira) � uma repeti��o das mesmas coisas, porque, rigorosamente falando, n�o houve avan�o nessa agenda de reformas do governo. Eles continuam esperando uma coisa que n�o acontece", diz. "Guedes falou 'vamos fazer, vamos privatizar', e n�o fez nada. O governo fala que as coisas v�o andar, mas tem uma dist�ncia entre o que fala e o que faz."

Para o analista de contas p�blicas da Tend�ncias Consultoria Integrada, Fabio Klein, a venda de reservas at� est� entre o menu de op��es para reduzir a d�vida em uma situa��o de emerg�ncia, mas que isso deveria ser uma das �ltimas alternativas.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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