IBGE: taxa de desemprego sobe em 10 dos 27 Estados

A alta da taxa de desemprego no terceiro trimestre ocorreu em 10 dos 27 Estados. A Bahia seguiu com a maior taxa regional, de 20,7%, ante os 14,6% do Pa�s como um todo. Sergipe (20,3%), Alagoas (20,0%) e Rio de Janeiro (19,1%) completam a lista dos Estados com a taxa de desocupa��o mais elevada, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

Na Bahia, o total de desempregados ficou em 1,273 milh�o de pessoas no terceiro trimestre, uma alta de 8,8%, ou 103 mil pessoas a mais, no per�odo de um ano.

O quadro � ainda pior quando se leva em conta os trabalhadores que gostariam de trabalhar, mas n�o procuram emprego, ou trabalham menos horas do que gostariam. A taxa composta de subutiliza��o da for�a de trabalho, esp�cie de taxa ampliada de desemprego, que inclui essas pessoas, ficou em 45,9% na Bahia, ante os 30,3% do Pa�s como um todo.

Os Estados nordestinos s�o campe�es nessa medida mais ampla do desemprego. Segundo o IBGE, a taxa composta de subutiliza��o na regi�o Nordeste como um todo ficou em 43,5% no terceiro trimestre.

Adriana Beringuy, gerente da Pnad Cont�nua, explicou que isso se d� por causa do predom�nio do trabalho informal no Nordeste. "A informalidade puxou muito a queda na ocupa��o. E esse processo de subutiliza��o est� ligado � informalidade", afirmou a pesquisadora do IBGE.

A informalidade est� associada � subutiliza��o porque no caso do trabalho informal, especialmente entre os trabalhadores por conta pr�pria, como vendedores ambulantes, a sa�da da ocupa��o pode se dar quando o trabalhador fica em casa sem trabalhar - e n�o porque foi demitido ou dispensado. Ao longo da pandemia, o pagamento do aux�lio emergencial sustentou a renda desse tipo de trabalhador, mas fora da for�a de trabalho.

Se a Bahia tem a maior taxa de desemprego, o salto mais forte, na compara��o com o segundo trimestre, foi visto na Para�ba, com 16,8%. No segundo trimestre, a taxa de desocupa��o estava em 12,8% por l�. Em apenas um trimestre, 32,7 mil pessoas passaram ao desemprego na Para�ba, um salto de 62% ante o segundo trimestre. Pelo conceito mais amplo, falta trabalho para 814 mil por l�. A taxa composta ficou em 43,1% na Para�ba.

Na outra ponta do ranking, Santa Catarina ficou com a menor taxa de desemprego do Pa�s, como ocorre tradicionalmente. No terceiro trimestre, o indicador ficou em 6,6%, menos da metade da taxa nacional. A lista dos Estados com menores taxas se segue com Mato Grosso (9,9%), Paran� (10,2%) e Rio Grande do Sul (10,3%).