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Estado de Minas ECONOMIA

Mulheres e servidores com filhos pequenos s�o mais impactados no teletrabalho


04/12/2020 17:52

Mulheres e pessoas com filhos menores que cinco anos s�o os que mais relatam perda de tempo produtivo no trabalho remoto, segundo pesquisa realizada com servidores federais pelo Minist�rio da Economia em parceria com a Universidade de Duke (EUA).

Os dados s�o mais um retrato do desafio de mulheres e pais de crian�as menores conciliar as atividades, num momento em que o teletrabalho se tornou pe�a-chave para muitas empresas e o pr�prio servi�o p�blico para seguir funcionando na pandemia da covid-19.

A pesquisa ouviu 16.765 mulheres, 15.586 homens e 33 servidores que n�o se identificaram com nenhum dos dois g�neros (como � o caso de transg�neros, por exemplo). De acordo com os dados, as mulheres relataram que cerca de 26 minutos s�o improdutivos a cada hora trabalhada, mais que o dobro dos homens (12 minutos a cada hora trabalhada). Entre quem n�o se identificou como nenhum dos dois, a perda � de quase 44 minutos por hora.

N�o � de hoje que as pesquisas mostram uma sobrecarga maior de afazeres dom�sticos sobre mulheres. Embora o n�mero de homens que dedicam parte de seu tempo a essas tarefas esteja aumentando ano a ano, a disparidade ainda existe. Em 2019, eles gastaram em m�dia 11 horas por semana com esses afazeres, incluindo o cuidado com crian�as e idosos, enquanto as mulheres gastaram uma m�dia de 21,4 horas semanais, segundo o IBGE. A diferen�a existe mesmo quando ambos est�o empregados - ou seja, a maior parte da dupla jornada fica com a mulher.

A perda de produtividade no servi�o p�blico tamb�m foi maior entre funcion�rios com filhos at� 5 anos. O trabalho produtivo sofreu um impacto de 42 minutos improdutivos a cada hora trabalhada, contra uma redu��o de 16 minutos entre os que n�o t�m filhos dessa idade. Nas demais faixas et�rias, a diferen�a de efeito de perda de horas produtivas entre quem tem ou n�o filho foi menor.

Apesar dos percal�os, grande parte dos servidores declarou desejo e disposi��o em equilibrar as horas de trabalho no escrit�rio e em casa. Antes da covid-19, quase 75% das horas eram trabalhadas na sede do �rg�o de lota��o do funcion�rio, e menos de 20% em casa. Na vis�o ideal no p�s-covid, os servidores gostariam de dedicar 48,38% das horas em casa e 44,20% no escrit�rio.

De forma geral, a pesquisa aponta entre os principais desafios no trabalho remoto as distra��es que existem em casa, a falta de intera��o com colegas, os problemas tecnol�gicos enfrentados e a falta de delimita��o da fronteira entre vida pessoal e profissional.

"No contexto de pandemia, com a necessidade do distanciamento social, foi preciso adotar de maneira emergencial o trabalho remoto. E a pesquisa de Duke nos trouxe dados muito importantes dessa fase, que v�o balizar as diretrizes do trabalho remoto e subsidiar a constru��o de novas pol�ticas p�blicas de gest�o de pessoas no servi�o p�blico", ressalta o Secret�rio de Gest�o e Desempenho de Pessoal do Minist�rio da Economia, Wagner Lenhart.

Sobre a percep��o geral do teletrabalho, a resposta mais frequente dos servidores � a de que eles se saem melhor quando os supervisores acreditam neles. "Como � dif�cil monitorar o trabalho remoto, a confian�a se torna um fator muito importante para a produtividade profissional", afirma o coordenador-geral de pesquisa da Enap, Cl�udio Shikida.

O governo j� tem dado sinais de que o teletrabalho ser� adotado como pol�tica permanente em determinados segmentos do setor p�blico, e a pesquisa - cujos resultados ainda s�o preliminares - ajudar�o na formula��o dessa estrat�gia. Os question�rios foram respondidos online pelos servidores.


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