O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, evitou comentar os embates com minorit�rios da Smiles na tarde desta ter�a-feira. O executivo participou de confer�ncia com analistas e jornalistas para apresentar a proposta de incorpora��o da companhia de fidelidade, que teve seu IPO conclu�do em 2013.
"N�o vamos fazer coment�rio sobre as declara��es de minorit�rio. O que estamos fazendo � defender o mais alto n�vel de governan�a para que essas pondera��es sobre o valor justo nos termos de troca (na incorpora��o) sejam discutidas com base em fatos, em dados e n�o em coment�rio especulativos", disse o executivo. "N�o queremos dar qualquer declara��o nesse momento antes do trabalho do comit� (independente da Smiles que vai analisar a proposta), antes que a avalia��o dos m�ritos seja discutida de uma maneira aprofundada", defendeu o executivo.
A resposta veio ap�s questionamento de como as recentes disputas com os minorit�rios envolvendo a antecipa��o de compra de passagens entre as duas empresas - que levou para o caixa da a�rea R$ 1,6 bilh�o - poderia comprometer a proposta de incorpora��o.
Na segunda-feira, a acionista minorit�ria da Smiles, a ESH Capital, afirmou ter sido "pega de surpresa" com o an�ncio. "A nova tentativa de incorpora��o nos termos proposta � uma afronta", disse Vladimir Timerman, gestor da ESH Capital, em nota.
Ele argumentou que a oferta da Gol representaria um valor destinado aos minorit�rios de R$ 1,33 bilh�o. "Ou seja: no fim das contas, o que o controlador deseja � utilizar o caixa da Smiles para adquirir a participa��o dos acionistas minorit�rios", disse, em refer�ncia � transfer�ncia feita pela Smiles para comprar antecipadamente passagens.
O presidente da Gol foi questionado por analistas se n�o seria melhor aguardar a pandemia passar para ent�o avan�ar na proposta e assim pegar um cen�rio mais est�vel para as a��es das duas empresas na Bolsa. "O tempo melhor para avan�ar com o neg�cio � exatamente agora", defendeu.
Segundo o executivo, a incorpora��o da Smiles trar� ganhos importantes de sinergia e vai melhorar a capacidade de precifica��o de passagens da empresa e competitividade. Segundo ele, postergar essa a��o seria destruir valor para os investidores das duas companhias.
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