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Estado de Minas ECONOMIA

Novembro tem maior infla��o em 5 anos


09/12/2020 07:03

Uma nova rodada de aumentos nos pre�os dos alimentos e dos combust�veis pesou no or�amento das fam�lias em novembro. A infla��o oficial no Pa�s subiu 0,89%, maior resultado para o m�s em cinco anos, segundo os dados do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados na ter�a-feira, 8, pelo IBGE.

O resultado superou at� as estimativas mais pessimistas de analistas do mercado financeiro coletadas pelo Proje��es Broadcast, que estimavam uma infla��o mediana de 0,78%. A taxa acumulada em 12 meses subiu a 4,31% em novembro, superando o centro da meta de 4% perseguida pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central.

"O processo inflacion�rio est� menos benigno, mas tamb�m n�o chega a ser t�o pessimista, n�o � uma hiperinfla��o. Preocupa no sentido de que a nossa meta n�o � mais 4,50% como no passado, caiu para 3,75% em 2021", avaliou o economista Victor Wong, da gestora de recursos Vinland Capital.

Economistas revisaram para cima suas proje��es para a infla��o de 2020, embora todas ainda dentro do intervalo de toler�ncia. O Ita� Unibanco estima um IPCA entre 1,20% e 1,30% no m�s de dezembro, levando o �ndice a uma taxa entre 4,40% e 4,50% no fechamento do ano. A expectativa � que a infla��o acumulada em 12 meses acelere nos meses seguintes at� alcan�ar o pico de 5,70% em maio do ano que vem, mas os resultados mensais devem vir mais baixos do que os atuais, segundo a economista Julia Passabom, do Ita� Unibanco.

Acima da meta

"Vamos passar uma boa parte de 2021 com o IPCA acima do teto da meta em 12 meses, por isso vai ser importante vermos alguns al�vios na margem", disse Passabom, que prev� um IPCA de 3,10% no fechamento de 2021.

A leitura mais pressionada do que o esperado em novembro n�o altera o cen�rio ainda benigno da infla��o nem deve mudar, por ora, a avalia��o do Copom sobre os rumos da taxa b�sica de juros, a Selic, atualmente em 2,00% ao ano, na reuni�o que come�ou ontem e termina hoje, opinou o economista-chefe da Ativa Investimentos, �tore Sanchez. "N�o vai ter nenhum efeito nessa reuni�o do Copom, ele vai reafirmar o choque como tempor�rio", acredita Sanchez.
No IPCA, os custos de alimenta��o e bebidas aumentaram 2,54% em novembro, depois de j� terem subido 1,93% em outubro. Houve uma dissemina��o maior de produtos aliment�cios com aumento de pre�os em novembro do que em outubro.

As carnes ficaram 6,54% mais caras, item de maior impacto sobre o IPCA do m�s. As fam�lias tamb�m pagaram mais pela batata-inglesa, tomate, arroz e �leo de soja. De janeiro a novembro, os pre�os dos alimentos j� subiram 12,14%. Em 12 meses, os gastos das fam�lias com alimenta��o cresceram 15,94%, maior varia��o desde outubro de 2003.

Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de �ndices de Pre�os do IBGE, o IPCA ao fim de 2019 estava pressionado especificamente pelas carnes, enquanto que a taxa de infla��o acumulada neste ano mostra uma press�o mais disseminada dos itens aliment�cios, como batata, tomate, �leo de soja e arroz.
"Com a redu��o do d�lar, a melhora do cen�rio econ�mico, uma eventual retirada do aux�lio emergencial, pode ser que tenha arrefecimento dos pre�os aliment�cios em particular", acrescentou Kislanov.

Gasolina cara

Outra fonte de press�o sobre a infla��o vem dos combust�veis. A gasolina subiu 1,64% em novembro, o sexto m�s seguido de aumentos. O pre�o do etanol disparou 9,23%.

O �ndice de difus�o do IPCA, que mostra o porcentual de itens com aumentos de pre�os, desceu de 68% em outubro para 67% em novembro. Por outro lado, entre os itens aliment�cios, a difus�o cresceu de 73% em outubro para 80% em novembro. Ou seja, houve menos itens n�o aliment�cios com reajustes em novembro do que em outubro, o que pode refletir os descontos da campanha Black Friday no varejo.

"A coleta de novembro fechou exatamente no dia 27 de novembro, dia da Black Friday mesmo, mas houve algumas promo��es ao longo do m�s. Pode ter efeito de Black Friday e de alguns descontos que foram concedidos", confirmou Kislanov.

Apesar da acelera��o na infla��o, o IBGE ainda n�o v� sinais de press�o de demanda sobre o IPCA.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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