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Estado de Minas ECONOMIA

Maior rede privada de hospitais do Pa�s, Rede D�Or chega � B3 valendo R$ 112 bi


09/12/2020 07:50

Criada do zero pelo cardiologista Jorge Moll Filho, a Rede D�Or, maior grupo de hospitais privados do Pa�s, concluiu ontem sua oferta inicial de a��es (IPO, na sigla em ingl�s), a terceira maior da hist�ria da Bolsa brasileira, atr�s apenas de Santander Brasil e BB Seguridade. A opera��o movimentou R$ 11,39 bilh�es e a companhia estreia amanh� na B3 j� entre as dez mais valiosas da Bolsa, com um valor de mercado de quase R$ 112,5 bilh�es.

A a��o da empresa foi precificada em R$ 57,92, um pouco acima do centro da faixa indicativa de pre�o. A ideia inicial do grupo era fazer o IPO em junho. Mas a pandemia da covid-19, que colocou o setor da sa�de no epicentro da crise, obrigou a companhia a postergar o plano para que 100% do foco se voltasse � administra��o do neg�cio.

A demanda pelas a��es foi alta, com as principais gestoras do Pa�s fazendo aportes, apurou o Estad�o. Dos estrangeiros, entraram a americana Capital Group, al�m do fundo de um dos investidores mais conhecidos do mundo, George Soros. O caixa da companhia receber� uma inje��o de R$ 8,44 bilh�es, dinheiro que ser� direcionado para mais aquisi��es. O restante, ou R$ 2,95 bilh�es, vai para o bolso dos acionistas vendedores: os fundos Carlyle, o fundo soberano de Cingapura (GIC) e o BTG Pactual. A fam�lia n�o vendeu nenhuma a��o.

Trajet�ria

Jorge Moll Filho come�ou a construir o conglomerado h� cerca de 30 anos, mas sua trajet�ria como m�dico-empreendedor teve in�cio antes, em 1977, quando inaugurou o Grupo Labs. A primeira unidade, Cardiolab, atuava na �rea de diagn�sticos m�dicos. Moll Filho vendeu a empresa em 2010 para o Grupo Fleury, em uma opera��o de R$ 1,19 bilh�o. Capitalizado, passou a comprar hospitais em cidades como Rio, S�o Paulo, S�o Jos� dos Campos Bras�lia e Recife, come�ando a dar tra��o ao seu atual imp�rio hospitalar.

Perto de completar 75 anos, Jorge Moll Filho � pai de cinco filhos: Jorge, Renata, Andr�, Pedro e Paulo. Os tr�s mais velhos s�o tamb�m m�dicos e trabalham na empresa. O primog�nito, Jorge, visto como "g�nio da fam�lia", por exemplo, conduz o Instituto de Pesquisa Rede D�Or, entidade que ajudou a fundar.

Mas foram os dois mais novos que passaram a cuidar da gest�o da companhia. Administrador de empresas, Pedro faz parte do conselho de administra��o, enquanto o ca�ula Paulo, economista pelo Ibmec Rio, assumiu no in�cio do ano a presid�ncia do grupo.

Aos 39 anos, e desde os 20 na empresa, Paulo substituiu Her�clito Brito, que estava no posto desde 2013, quando Jorge Moll Filho deixou a presid�ncia executiva e passou a comandar o conselho de administra��o. O filho mais novo, que ocupava a vice-presid�ncia executiva do grupo, passou por um processo preparat�rio para a troca de bast�o por cerca de quatro anos.

� frente agora da gigante da sa�de, Paulo tem a meta de dobrar o tamanho do grupo em cinco anos, conforme o que foi apresentado a investidores no roadshow, que � a reuni�o para apresenta��o da companhia antes do IPO, apurou o Estad�o. A miss�o colocada na mesa � adicionar aos 8,5 mil leitos j� existentes, 5,2 mil de forma org�nica e outros 5 mil via aquisi��o, segundo fontes.

"N�o conseguir realizar todas as aquisi��es � hoje o principal risco do grupo. O neg�cio tem pouca rela��o com ambiente macroecon�mico", disse um gestor, que investiu no IPO e que participou das reuni�es.

As aquisi��es, contudo, n�o s�o novidade para a companhia. Ao todo, foram 37. A Rede D�Or possui 51 hospitais pr�prios, um sob administra��o, al�m de 32 projetos de hospitais em desenvolvimento, licenciamento ou constru��o, distribu�dos nos estados do Rio de Janeiro, S�o Paulo, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Maranh�o, Paran� e Cear� e no Distrito Federal. Fora isso, opera em paralelo a maior rede de cl�nicas oncol�gicas do Brasil, atualmente com 39 unidades. Isso sem contar as cl�nicas de an�lise. Uma das primeiras aquisi��es de Jorge, na verdade, foi a de um ecocardiograma, em que vendeu um Fusca para bancar a compra.

At� 2010, antes da entrada do BTG Pactual como s�cio, todo o dinheiro do neg�cio era reinvestido. At� ali, afirmam fontes, Jorge tinha um apartamento. Depois de receber mais dois s�cios (Carlyle, um dos maiores fundos de private equity do mundo, e o fundo soberano de Cingapura), ap�s a mudan�a da legisla��o que permitiu investimento estrangeiro no setor, em 2015, o m�dico est� hoje na lista Forbes entre os mais ricos do Pa�s.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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