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Estado de Minas ECONOMIA

Infla��o de mais pobres � de 1% em novembro e fica bem mais alta que a dos ricos


11/12/2020 10:35

A infla��o de alimentos seguiu pesando mais sobre os mais pobres em novembro, segundo o Indicador Ipea de Infla��o por Faixa de Renda, divulgado nesta sexta-feira, 11, pelo Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea). Em novembro, enquanto a taxa das fam�lias mais pobres apontou alta de 1,0%, a faixa de renda mais alta registrou avan�o de 0,63%.

No ano, o Indicador Ipea de Infla��o por Faixa de Renda para as fam�lias muito pobres acumula alta de 4,56%. Para os mais ricos, a alta � de apenas de 1,68%.

No acumulado em 12 meses at� novembro, as taxas foram de 5,80% e 2,69%, respectivamente.

O IPCA, �ndice de pre�os calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) e usado nas metas de infla��o perseguidas pelo Banco Central (BC), acumula alta de 4,31% em 12 meses at� novembro.

"Mantendo o padr�o inflacion�rio presente nos �ltimos meses, o forte aumento dos pre�os dos alimentos no domic�lio foi o maior foco de press�o inflacion�ria nos segmentos de renda mais baixa", diz um trecho do relat�rio divulgado pelo Ipea. "Em novembro, 75% da infla��o do segmento mais pobre da popula��o veio da alta do grupo alimenta��o e bebidas, impactada pelos reajustes do arroz (6,3%), da batata (29,7%), das carnes (6,5%), do frango (5,2%) e do �leo de soja (9,2%)", continua o texto.

J� no segmento de renda mais elevada, foram os pre�os relacionados aos Transportes que mais pesaram no or�amento. "Os reajustes dos transportes por aplicativo (7,7%), da gasolina (1,6%) e do etanol (9,2%) fizeram do grupo transporte o maior foco inflacion�rio para a classe de renda mais alta, respondendo por mais da metade da taxa de varia��o apontada nesta faixa", diz o relat�rio do Ipea.

No ano como um todo, a discrep�ncia entre as varia��es do �ndice de pre�os desagregado por faixa de renda se deve a uma peculiaridade da crise causada pela covid-19. A demanda por bens, com destaque pelos alimentos, seguiu firme e pressionou por reajustes de pre�os, enquanto a demanda por servi�os tombou, provocando at� o barateamento de alguns itens.

Segundo os pesquisadores do Ipea, os gastos com alimentos pesam 28% no or�amento dos mais pobres, enquanto na cesta de consumo dos mais ricos representam apenas 13%, com os servi�os ocupando uma parte mais relevante. Por isso, os mais pobres s�o mais afetados pela infla��o de alimentos.

"Neste ano, o cen�rio inflacion�rio combinou forte acelera��o de pre�os de alimentos com uma alta desacelera��o da infla��o de servi�os, o que explica o diferencial da infla��o entre as faixas de renda mais baixa e mais alta", diz o relat�rio do Ipea.


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