O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central avaliou nesta ter�a-feira, 15, por meio da ata de seu �ltimo encontro, que os programas de recomposi��o de renda - como o aux�lio emergencial - adotados na pandemia de covid-19 permitiram uma retomada "relativamente forte" do consumo de bens dur�veis e do investimento.
"Entretanto, os dados recentes continuam refletindo uma recupera��o desigual da atividade econ�mica. Prospectivamente, a pouca previsibilidade associada � evolu��o da pandemia e ao necess�rio ajuste dos gastos p�blicos a partir de 2021 aumenta a incerteza sobre a continuidade da retomada da atividade econ�mica", destacou o BC.
"A incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o per�odo a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos aux�lios emergenciais", acrescentou o BC.
Por isso, o Copom voltou a considerar que os riscos associados � evolu��o da pandemia de covid-19 podem levar a uma retomada ainda mais gradual do crescimento econ�mico.
A ata refor�a que a recupera��o tem ocorrido em ritmos diferentes entre os setores da economia, com redu��o da ociosidade na produ��o de bens, mas ainda uma retra��o na demanda por servi�os - mais afetados pelas medidas de distanciamento social. "Prospectivamente, a evolu��o desses hiatos setoriais depender� da evolu��o da pandemia e do ajuste nos gastos p�blicos", completa o documento.
O Copom afirma, na ata, que a ressurg�ncia da pandemia de covid-19 em algumas das principais economias tem revertido os ganhos na mobilidade e dever� afetar a atividade econ�mica no curto prazo. Por outro lado, os resultados promissores nos testes de vacinas tendem a melhorar a confian�a e apontam uma normaliza��o da atividade global no m�dio prazo.
Por isso, Para o BC, as informa��es mais recentes trazem impactos distintos para os diferentes horizontes, com uma interrup��o da recupera��o da demanda no curto prazo e uma recupera��o mais robusta no m�dio prazo - impulsionada pela vacina e por est�mulos fiscais.
"A presen�a de ociosidade econ�mica por um per�odo prolongado, associada � comunica��o dos bancos centrais das principais economias, cria um ambiente de liquidez e de retorno do fluxo de capitais, favor�vel a economias emergentes", acrescentou o BC.
Contas p�blicas
O Banco Central reafirmou por meio da ata que perseverar no processo de reformas e ajustes necess�rios na economia brasileira � essencial para permitir a recupera��o sustent�vel da economia.
"O Comit� ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e altera��es de car�ter permanente no processo de ajuste das contas p�blicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia", registrou a ata.
Estas ideias j� haviam sido expressas pelo BC no comunicado do �ltimo encontro do Copom, divulgado na quarta-feira passada (9). Na ocasi�o, o colegiado manteve a Selic (a taxa b�sica de juros) em 2,00% ao ano.
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