Equipe econ�mica confia na vacina para retomada r�pida

Enquanto o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, adota um discurso d�bio em rela��o ao uso de vacinas contra a covid-19 no Brasil, a �rea econ�mica do governo aposta na imuniza��o como um fator para a recupera��o da atividade em 2021. Em evento virtual na tarde desta quarta, 16, o secret�rio executivo do Minist�rio da Economia, Marcelo Pacheco dos Guaranys, defendeu que, com a vacina, a economia vai se recuperar mais rapidamente.

Segundo ele, � importante que a vacina seja aplicada o quanto antes no Brasil. "Com a vacina a popula��o vai se sentir mais segura e, com isso, a economia vai se recuperar mais rapidamente", afirmou o secret�rio. "Temos feito de tudo para prover todos os recursos necess�rios para a vacina��o. Todos temos trabalhado dia e noite para fazer isso acontecer."

Guaranys pontuou que a vacina��o � um processo complexo, que exigir� um esfor�o "muito grande" na �rea de log�stica. "Queremos ter a garantia de que isso vai ocorrer bem. Quanto mais r�pido isso acontecer, mais r�pido a economia vai se recuperar", acrescentou, durante evento de lan�amento do Relat�rio Econ�mico de 2020 da Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) sobre o Brasil.

Os coment�rios do secret�rio executivo somam-se aos de outro integrante da �rea econ�mica do governo Bolsonaro. Em evento na manh� de ter�a-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu que investir em vacinas � "mais barato" do que prorrogar os aux�lios governamentais para lidar com os efeitos econ�micos do distanciamento social.

"H� uma disputa por vacinas. Quem ter� a vacina primeiro e como a log�stica ser� feita (� algo que) muda todos os dias. Estamos concentrados nas vacinas e o mercado tamb�m", afirmou Campos Neto, durante participa��o em evento organizado pela B3 e pelo Eurasia Group.

A defesa das vacinas por integrantes da �rea econ�mica contrasta com o discurso de Bolsonaro. Na ter�a-feira, 15, Bolsonaro afirmou, em um claro desest�mulo ao restante da popula��o, que n�o vai tomar a vacina. "Eu n�o posso falar. Como cidad�o � uma coisa e como presidente � outra. Mas como eu nunca fugi da verdade, eu digo: eu n�o vou tomar a vacina. Se algu�m acha que a minha vida est� em risco, o problema � meu e ponto final", afirmou numa entrevista ao apresentador Jos� Luiz Datena, da TV Band.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.