O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira, 17, que a autoridade monet�ria tem tentado ser mais transparente sobre o processo de entrada e potencial retirada do forward guidance. "Quer�amos concatenar as ideias que levaram � ado��o do forward guidance e ser mais transparentes. Havia muitas d�vidas sobre como ir�amos atuar tanto na entrada como na retirada do forward guidance", afirmou, em coletiva sobre o Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI) divulgado nesta quinta pelo BC.
Campos Neto lembrou que o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) considera que uma parte de 2021 ter� infla��o mais alta e que o ano de 2022 - cujas expectativas est�o na meta - ir� ganhar mais peso no horizonte relevante de pol�tica monet�ria.
O diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central, Fabio Kanczuk, refor�ou que as tr�s cl�usulas do forward guidance seguem igualmente importantes.
Questionado sobre a retirada da mensagem do Copom sobre a quest�o dos problemas prudenciais que poderiam ocorrer em um eventual novo corte na Selic, o presidente do BC respondeu que o tema prudencial ainda � importante, mas exige uma an�lise a cada momento no tempo.
"Decidimos que n�o era mais relevante voltar a falar no tema prudencial", afirmou Campos Neto. "As quest�es prudenciais n�o desapareceram, mas n�o era um n� da �rvore decis�ria", complementou Kanczuk.
Bandeira tarif�ria
O diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central avaliou que o item das bandeiras tarif�rias da conta de energia el�trica merece aten��o especial na an�lise dos pre�os administrados. O RTI, divulgado nesta quinta, mostra que o Banco Central prev� alta de 2,3% para os pre�os administrados em 2020, considerando o cen�rio de refer�ncia. Este � o mesmo porcentual divulgado na ata do �ltimo encontro do Copom, publicada na ter�a-feira.
Para 2021, a proje��o de alta dos pre�os administrados no cen�rio de refer�ncia est� em 5,7%.
Calend�rio
Kanczuk explicou ainda que o peso do ano-calend�rio de 2022 para o horizonte relevante da pol�tica monet�ria come�a a superar o de 2021 j� a partir do primeiro trimestre do pr�ximo. "No segundo trimestre, o foco (das decis�es do Copom) passar� a ser a infla��o de 2022 e assim por diante", completou.
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