Cbic diz ter alertado Guedes sobre pre�o de insumos e que problema � 'grav�ssimo'

O presidente da C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o (Cbic), Jos� Carlos Martins, disse ter alertado o ministro da Economia, Paulo Guedes, que o problema de aumento de pre�o de insumos na constru��o civil se tornou "grav�ssimo". "Falei para o ministro Paulo Guedes na sexta-feira, o problema anteriormente era grave, agora transformou-se em grav�ssimo esse aumento de pre�o", contou nesta quinta-feira, 17, em evento de balan�o dos n�meros da constru��o civil.

O desafio da infla��o dos insumos � apontado por Martins como �nico potencial "inibidor" da expectativa do setor de avan�ar 4% em 2021.

A expectativa de crescimento se d� pela posi��o do segmento, que vendeu mais im�veis em 2020 comparado ao ano passado, mas apresentou queda no volume de lan�amentos. Ou seja, a constru��o civil ter� de entregar obras no pr�ximo ano.

"N�s temos que entregar, estamos 'vendidos'. Por isso consideramos que a grande amea�a para 2021 � o desabastecimento e o custo dos materiais. Como vamos ter que entregar, um acr�scimo de custos pode ter um fardo muito grande nas empresas e nos contratos, com risco de judicializa��o", afirmou o presidente da Cbic, que tamb�m destacou como ponto positivo de 2021 o andamento dos contratos de concess�o na �rea de infraestrutura.

Martins exemplificou a alta dos pre�os pelo valor de tubos e conex�es de PVC, que teve varia��o acumulada de janeiro a novembro de 41,11%.

O presidente da Cbic destacou como esse material � importante, por exemplo, para as obras de saneamento no Pa�s, cujos contratos ganharam impulso a partir do novo marco legal do setor. "Foi votado novo marco do saneamento, mas com esse aumento do tubo de PVC, como vai investir?", questionou Martins, que citou o risco de empresas que ganharem licita��es n�o contratarem agora em raz�o dos pre�os. "O que precisamos nesse instante � uma previsibilidade, que os pre�os voltem aos patamares anteriores", disse.

A Sondagem da Constru��o, realizada pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) com apoio da Cbic, demonstra o clima de temor que ronda o setor. Para os empres�rios ouvidos, o principal problema enfrentado no 3� trimestre foi a falta ou alto custo da mat�ria-prima, com 39,2% das assinala��es. A alta em rela��o ao trimestre anterior � da ordem de 29,7 pontos percentuais, pontuou a entidade.

"Estamos repassando o que os informes econ�micos dizem, por isso nos preocupamos muito com o que vem pela frente. Acho que temos que estar muito atentos a demanda, para saber como vamos trabalhar para que isso n�o impacte o nosso neg�cio, e n�o coloque em risco nossas empresas", concluiu Martins.