Ap�s um pedido do governo, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), retirou a medida provis�ria 1.000, do aux�lio emergencial, da pauta do dia, e ressaltou a responsabilidade do governo de Jair Bolsonaro na falta de avan�o em programas sociais e fez uma s�rie de cr�ticas ao Pal�cio do Planalto. Maia afirmou ainda que ser� um "leal advers�rio do presidente da Rep�blica naquilo que � ruim para o Brasil".
Ele discursou na tribuna da C�mara, ap�s o l�der do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR), pedir a retirada de pauta da medida provis�ria 1.000, sobre o aux�lio emergencial.
A proposta foi pautada por Maia, na noite da quinta-feira, quando Bolsonaro cobrou de Maia o fato de os benefici�rios do Bolsa Fam�lia n�o receberem o 13� este ano, embora o governo n�o tenha enviado nenhuma proposta ao Congresso para garantir o benef�cio a mais em 2020.
"Mais um epis�dio ocorrido ontem quando, infelizmente, o presidente da Rep�blica mentiu em rela��o a minha pessoa. Ali�s, muita coincid�ncia, a narrativa que ele usou ontem e a narrativa que os bolsominions usam h� um ano comigo, em rela��o as MPs que perdem a validade nessa Casa, � a mesma narrativa. A narrativa que eu deixei caducar a MP do 13� � a mesma de hoje. Peguem as redes sociais dos extremistas e voc�s v�o ver", disse Maia.
Para ele, o Pal�cio do Planalto faz uma articula��o conjunta para desqualificar e desmoralizar a imagem dos advers�rios do presidente da Rep�blica. Maia disse que Bolsonaro acabou sendo desmentido pelo seu pr�prio ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse que n�o h� recursos para o 13� do Bolsa Fam�lia. Ele ressaltou que fazia o discurso justamente para resguardar a imagem do parlamento contra ataques de narrativas.
'Fuga de responsabilidade'
Por algumas vezes em seu discurso, Maia disse que Bolsonaro foge da sua responsabilidade ao ser eleito presidente do Brasil. "Quando voc� disputa uma elei��o para ser presidente do Brasil, voc� assume a responsabilidade de dar um norte do nosso Pa�s. Infelizmente n�o � o que tem acontecido nos �ltimos dois anos", comentou.
'Falta de coragem'
Para Maia, falta coragem ao presidente para se discutir o benef�cio social e ele lembrou que foi o Pal�cio do Planalto que "obrigou ou indicou" o relator da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) Emergencial, senador M�rcio Bittar (MDB-AC) a n�o incluir em seu texto os gatilhos ao teto de gastos.
"Garantimos o Pa�s funcionando, porque o negacionismo do governo e a depress�o do ministro da Economia fizeram com que o parlamento assumisse esse papel", disse Maia. "Foi importante o governo entrar em obstru��o contra a MP 1000, isso est� registrado na imprensa", disse.
'Do lado da democracia'
Como o Broadcast Pol�tico (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado) mostrou mais cedo, partidos da base do governo estavam preparados para impedir a vota��o da MP 1.000. "Estarei onde sempre estive: do lado da democracia, contra a agenda de costumes que divide o Brasil, que radicaliza o Brasil, que gera �dio entre as pessoas. E como essa � a agenda do presidente, eu continuarei sendo um leal advers�rio do presidente da Rep�blica naquilo que � ruim para o Brasil e serei um aliado do governo, e n�o do presidente do governo, nas pautas que modernizam o Estado brasileiro", disse Maia.
Maia afirmou ainda que est� preparado para debater ao longo de janeiro a inclus�o de mais brasileiros no Bolsa Fam�lia.
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