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Estado de Minas ECONOMIA

Em ano de pandemia, ouro, euro e d�lar t�m maior ganho; Bolsa fecha no azul


31/12/2020 13:02

Num ano em que a pandemia do novo coronav�rus assombrou o mundo, derrubou os mercados e enfraqueceu as economias globais, o ouro - considerado um porto seguro para momentos de turbul�ncia no mercado - liderou o ranking dos investimentos de 2020 no Pa�s, com valoriza��o de 55,93%. O ativo foi acompanhado pelo euro e o d�lar, que renderam 41,95% e 29,34%, respectivamente. A tradicional caderneta de poupan�a ficou na lanterninha do ranking, com ganho de apenas 2,12% no ano, segundo c�lculos do administrador de investimentos Fabio Colombo.

O Ibovespa, principal �ndice da B3, por pouco n�o terminou como a pior aplica��o de 2020, num cen�rio completamente contr�rio ao do in�cio do ano. Em janeiro, o mercado acion�rio era visto como uma das principais alternativas de investimentos por causa do intenso movimento de diversifica��o de portf�lio do brasileiro. Com os juros em queda, era preciso migrar da renda fixa para ativos de maior risco, como a Bolsa.

Mas a pandemia pegou o investidor local no contrap�, no meio dessa migra��o. Por v�rias vezes, a Bolsa teve de acionar o chamado circuit breaker, um mecanismo que paralisa as opera��es quando o Ibovespa cai mais de 10% no dia. "Passamos mar�o, abril e maio em p�nico, com uma forte press�o sobre c�mbio e Bolsa, e os investidores correndo para ativos mais seguros", diz o economista da Tend�ncias Consultoria Integrada, Silvio Campos Neto.

Segundo ele, conforme os aux�lios emergenciais foram sendo anunciados mundo afora, esse p�nico foi sendo dissipado. "Esses pacotes foram fundamentais para dar suporte �s economias e ajudaram na retomada dos ativos de risco." Mas foi apenas no �ltimo trimestre que o Ibovespa conseguiu ter mais f�lego para sair do terreno negativo e recuperar as perdas do ano.

Com o in�cio da vacina��o em alguns pa�ses, o investidor estrangeiro se sentiu um pouco mais confort�vel para voltar aos pa�ses emergentes. De novembro at� a semana passada, o saldo foi positivo em cerca de R$ 43 bilh�es. Nesse cen�rio, a Bolsa brasileira fechou o preg�o da quarta-feira, 30, com alta de 2,92% no ano, em 119.017 pontos, depois de esbarrar na m�xima hist�rica de 119.527 pontos de janeiro.

Local e estrangeiro

Em d�lar, no entanto, o Ibovespa continua negativo em 20%, depois de recuar mais de 57%, o que pode atrair ainda mais a aten��o do investidor estrangeiro. Mas, na avalia��o de economistas, em 2021, o investidor local tamb�m dever� voltar a apostar na renda vari�vel.

"A tem�tica do in�cio do ano continua", diz o s�cio e gestor da Neo Investimentos, Mario Schalch. Ele se refere � migra��o do investidor da renda fixa para renda vari�vel.

Segundo o gestor, a busca por ativos de risco aumentou nos �ltimos meses ao mesmo tempo em que as taxas de juros no longo prazo ca�ram. Em novembro, as taxas para 2023 e 2024 estavam pr�ximas de 9%. Agora, j� est�o em 7,3%.

Atualmente, a taxa Selic est� em 2% ao ano. A expectativa � que ela possa subir um pouco no ano que vem, mas ainda assim haver� necessidade de buscar outras formas de aplica��o se o investidor quiser um retorno maior.

Em 2020, os investimentos ligados aos juros ficaram na lanterna. Os fundos DI, considerados mais conservadores e que acompanham de perto a taxa b�sica de juros, ficaram na pen�ltima coloca��o do ranking, com um ganho m�dio de 2,31%; e os de renda fixa, 2,37%.

Mas, segundo Fabio Colombo, as aplica��es atreladas ao juros tiveram perdas reais (quando descontada a infla��o) de at� 2,5% em 2020. Quem investiu na poupan�a, por exemplo, viu o dinheiro perder 2,2% do poder de compra.

C�mbio

O IGP-M, que refletiu o avan�o do d�lar no per�odo, subiu 23,14%. A desvaloriza��o do real frente � moeda americana ficou acima da de outras moedas emergentes e deixou o Brasil barato em d�lar, diz o gestor da ACE Capital, Maiko Carvalho.

A moeda americana terminou o �ltimo preg�o do ano cotada em R$ 5,18. Para ele, esse ano foi um exemplo da necessidade de ter um portf�lio diversificado (para reduzir as perdas). Na avalia��o dele, as perspectivas para 2021 s�o positivas.

Na Bolsa, ele conta que h� um movimento de sa�da de a��es de tecnologia, que ganharam com a quarentena, para empresas tradicionais - que sentiram mais os efeitos do isolamento. Essas empresas t�m peso grande no Ibovespa. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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