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Estado de Minas ECONOMIA

FGV/Picchetti: IPC-S de janeiro deve subir 0,35%; proje��o para 2021 � de 3,50%


04/01/2021 10:51

Para o coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, o indicador deve registrar em janeiro uma forte desacelera��o sobre o resultado de dezembro, quando houve avan�o de 1,07%. Para o economista da Funda��o Getulio Vargas (FGV), o �ndice do primeiro m�s de 2021 deve ficar em 0,35%, com as press�es tradicionais de janeiro atenuadas pela fraqueza econ�mica e por reajustes j� ocorridos em dezembro, como no caso de mensalidades escolares e da tarifa de energia.

Para 2021, a perspectiva � que haja alta de 3,50%, aqu�m dos 5,17% registrados em 2020. Foi a maior alta para o IPC-S de um ano desde 2016, quando o n�mero ficou em 6,19%, ainda sob efeitos do "tarifa�o" ocorrido em 2015.

"O n�mero de 2020 mostra uma acelera��o consider�vel em rela��o a anos anteriores, quando o indicador ficou entre 3% e 4%. Mas esse n�mero tem muitos movimentos que n�o s�o tend�ncia de infla��o de fato, como � o caso do impacto da bandeira tarif�ria e o que aconteceu com alimentos", comenta o economista.

O indicador de dezembro ainda desacelerou ante o resultado da terceira quadrissemana do m�s, quando a taxa ficou em 1,21%. Segundo Picchetti, o movimento se explica basicamente pelo "saldo l�quido" da varia��o de dois itens com bastante peso no indicador: a passagem a�rea, que passou de alta de 9,62% para uma defla��o de 9,49%, o que tirou 0,27 ponto porcentual do indicador, e a tarifa de eletricidade residencial, que foi de 9,35% para 11,93% e acrescentou 0,10% ao IPC-S do m�s. Na leitura da ponta, a passagem a�rea j� apresenta defla��o de 30%

O �ndice de difus�o subiu entre a terceira e a quarta quadrissemana de dezembro, passando de 65,16% para 73,23%. Apesar da alta mais espalhada pela cesta, Picchetti minimiza os riscos. "� um movimento t�pico de final de ano, e que j� est� sendo revertido".

N�cleo de infla��o

Picchetti chama a aten��o para o acumulado de 2020 no n�cleo de infla��o do IPC-S, que ficou em 2,92%, uma queda sobre o acumulado de 12 meses at� novembro (2,95%) e praticamente est�vel desde 2017, sempre ao redor de 3%. O n�cleo, explica o pesquisador, tenta filtrar os efeitos pontuais sobre o IPC-S e desenha melhor eventuais tend�ncias de infla��o. Portanto, a julgar pelo n�cleo, o economista da FGV entende que n�o h� "nenhuma press�o significativa" de alta para a infla��o ao consumidor.

Ele explica que mesmo no grupo Alimenta��o, grande press�o altista de 2020, a oferta j� est� equilibrada, e que uma infla��o de demanda � improv�vel por conta do fim do aux�lio emergencial e da perspectiva de retomada gradual do emprego.

"Traduzindo isso em poder de compra e o que isso representa para a demanda, n�o � razo�vel assumir alguma press�o de infla��o que a eleve para cima do que aconteceu nos �ltimos anos, desconsiderando 2020, que foi at�pico", argumenta Picchetti.


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