
O mercado automotivo encerrou 2020 amargando o maior tombo em cinco anos. Por�m, com o pico em 12 meses apresentado em dezembro, as vendas de ve�culos novos no Pa�s acabaram sendo melhores do que o volume previsto pelas montadoras.
Entre carros de passeio, utilit�rios leves, caminh�es e �nibus, o total emplacado no ano passado foi de 2,06 milh�es de unidades, 26,2% abaixo das vendas de 2019.
Trata-se de um recuo n�o observado desde 2015, quando a queda do setor, em meio � recess�o brasileira, chegou a 26,6%.
A Anfavea, entidade que representa os fabricantes, tinha, contudo, uma previs�o pior, com o mercado fechando o ano em 1,92 milh�o de unidades, o que seria uma queda de 31%.
O resultado final de 2020 teve a contribui��o positiva de dezembro, m�s em que as concession�rias entregaram 244 mil ve�culos, o melhor resultado nos 12 meses do ano passado.
Na compara��o com novembro, que era o recorde do ano, as vendas subiram 8,4%. Apesar disso, o consumo continuou abaixo dos n�meros do ano anterior: queda de 7,1% em rela��o aos emplacamentos de dezembro de 2019.
Na reta final do ano, a falta de pe�as limitou a produ��o, que j� tinha como entrave os protocolos de preven��o � COVID-19, que obrigam as f�bricas a operar com menos oper�rios simultaneamente.
Com isso, a ind�stria n�o consegue acelerar o ritmo para atender plenamente a fila de espera que se formou, sobretudo, entre clientes de frotas, como as locadoras.
Na sexta-feira, 8, a Anfavea vai divulgar suas previs�es para 2021. Progn�sticos divulgados individualmente por montadoras apontam um mercado de n�o mais do que 2,5 milh�es de ve�culos.
A expectativa no setor � de que os volumes de 2019 - antes, portanto, da pandemia - s� sejam repetidos em 2023.