J� os itens que mais pesaram para o aumento da infla��o, no acumulado do ano passado, pertencem ao grupo dos produtos n�o alimentares (autom�vel novo, excurs�es e empregado dom�stico), com alta de 4,21%. Enquanto o grupo alimenta��o tem peso de 1,45 ponto percentual no �ndice total, o n�o-alimentar contribui com 3,58 p.p, representando 71,12% da contribui��o total de 2020.
Pre�os nos bares caem
Em 2020, quatro de cinco itens de alimenta��o apresentaram eleva��o, com destaque para alimentos de elabora��o prim�ria, resultante de uma alta de 19,77% em seus pre�os. Na sequ�ncia aparecem alimentos industrializados com 10,39% de varia��o, alimentos in natura e alimenta��o em restaurante.
O �nico item que apresentou recuo em 2020 foi bebidas em bares e restaurantes com -1,50% de varia��o negativa. Individualmente, os cinco produtos de alimenta��o que mais contribu�ram para a alta do IPCA foram: leite pasteurizado, arroz, �leo de soja, lanche e ma��.
J� os cinco produtos que menos contribu�ram para a alta do �ndice foram: cerveja em bares e restaurantes, iogurte com polpa de frutas, quiabo, biscoito salgado e achocolatado em p�. Com rela��o � varia��o de pre�os, especificamente, o produto alimentar que apresentou a maior varia��o no ano de 2019 foi o feij�o carioquinha com 51,28%. J� o que apresentou a menor varia��o foi o tomate com queda de 43,89%.
Carros zero tamb�m pressionam
Dentre os produtos do grupo n�o alimentares, o item que mais se destacou foi o de despesas pessoais, com varia��o de 5,79%, correspondendo a 35,50% de participa��o na varia��o geral do IPCA.
Os demais itens apresentaram os seguintes valores, na ordem de participa��o no IPCA: Produtos administrados (4,18%), Encargos e manuten��o (5,43%), Sa�de e cuidados pessoais (3,96%), Vestu�rio e complementos (6,37%) e Artigos de Resid�ncia (3,15%).
Os produtos que mais contribu�ram para a infla��o deste grupo foram: autom�vel novo, excurs�es, empregado dom�stico, IPTU e energia el�trica. J� os que menos contribu�ram foram: seguro volunt�rio de ve�culos, telefonia fixa, tapete, gasolina e cigarro.
Ainda dentro deste grupo, teve destaque, especificamente, o t�nis para crian�a com a maior varia��o no ano de 2020 (45,07%). J� o que apresentou a menor varia��o foi seguro obrigat�rio para ve�culos com queda de 60,85%.
IPCA de dezembro de 2020
O �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte, que mede a evolu��o dos gastos das fam�lias com renda de 1 a 40 sal�rios m�nimos, apresentou uma varia��o positiva de 1,25% em dezembro de 2020. J� o �ndice de Pre�os ao Consumidor Restrito (IPCR), referente �s fam�lias com renda de 1 a 5 sal�rios m�nimos, apresentou, no mesmo per�odo, varia��o positiva de 1,80%.
Os resultados foram obtidos pela Funda��o IPEAD/UFMG, mediante compara��o dos pre�os m�dios praticados no per�odo de 01 a 31 de dezembro de 2020, com os pre�os m�dios praticados entre 01 e 30 de novembro de 2020.
Dentre os 11 itens agregados que comp�em o IPCA, os maiores destaques, em termos de varia��o, foram as altas de 4,21% para alimentos in natura, de 2,27% para alimentos de elabora��o prim�ria, de 2,06% para produtos administrados, de 1,78% para vestu�rio e complementos e de 1,73% para despesas pessoais. No sentido oposto, teve destaque a queda de 2,62% para bebidas em bares e restaurantes.
Cesta b�sica
O acompanhamento do custo da cesta b�sica em Belo Horizonte revelou que o poder de compra do sal�rio m�nimo caiu em 2020, quando comparado com dezembro de 2019. Os valores da cesta b�sica foram iguais a R$ 464,26 em dezembro de 2019 e R$ 566,80 em dezembro do ano passado, resultando em um aumento de 22,09% no acumulado do ano, sendo que os �ltimos cinco meses do ano tiveram altas consecutivas.
�ndice de Confian�a
O �ndice de Confian�a do Consumidor de Belo Horizonte encerrou o ano de 2020 com valor inferior ao registrado no fim de 2019, sendo igual a 35,58 contra 39,42 pontos, respectivamente, com queda de 6,56%. Segundo a pesquisa, a pandemia da COVID-19 afetou diretamente o humor dos consumidores, sendo que a infla��o e o emprego foram as principais preocupa��es dos consumidores em 2020.
Al�m disso, houve uma grande redu��o na pretens�o de compra (-17,73%) no acumulado do ano, devido ao novo cen�rio vivido diante da pandemia. O ICC � composto por dois grupos, o �ndice de Expectativa Econ�mica (IEE) e o �ndice de Expectativa Financeira (IEF), subdividindo-se, cada um, em tr�s itens.
Cada item possui um grau de import�ncia (peso), sendo o �ndice geral (ICC) uma m�dia ponderada desses componentes, que s�o: situa��o econ�mica do pa�s (peso=18,21%), infla��o (peso=15,69%), emprego (peso=20,79%), situa��o financeira da fam�lia (peso=25,12%), situa��o financeira da fam�lia em rela��o ao passado (peso=9,19%) e pretens�o de compra (peso=11,00%).
Todos os itens, bem como o �ndice geral, s�o apresentados na escala de 0 a 100, em que 0 representa pessimismo total e 100 representa otimismo total. O �ndice 50 demarca a fronteira entre a situa��o de pessimismo e otimismo.
Em dezembro, o ICC, resultado das entrevistas realizadas entre os dias 28 de novembro e 28 de dezembro de 2020, caiu para 35,58 pontos, apresentando uma redu��o de 4,24% na compara��o com o m�s de novembro. Al�m disso, o �ndice permanece abaixo dos 50 pontos, n�vel que separa o pessimismo do otimismo.
O �ndice de Expectativa Econ�mica (IEE) apresentou uma queda de 10,57% em compara��o com o m�s anterior, influenciado pela piora na percep��o dos consumidores sobre a situa��o econ�mica do pa�s e o emprego.
O �ndice de Expectativa Financeira (IEF), tamb�m apresentou redu��o de 0,32% em compara��o com o m�s de novembro, sendo o item Situa��o Financeira da Fam�lia o �nico que apresentou queda (-1,45%), rompendo a tend�ncia de alta observada nos �ltimos meses.
O aumento no n�mero de casos confirmados da COVID -19 e o momento de reflex�o que cerca o �ltimo m�s do ano de 2020 contribu�ram para uma piora na percep��o da popula��o sobre a economia de modo geral, rompendo a recupera��o que o �ndice de confian�a do consumidor estava apresentando nos �ltimos meses.
Os grupos que lideraram a lista dos bens e servi�os que os consumidores pretendem adquirir nos pr�ximos tr�s meses s�o: vestu�rio e cal�ados (20,48%), ve�culos (9,52%) e outros (8,57%)
Taxas de juros
O custo do dinheiro, medido pelas taxas m�dias mensais de juros, ficou mais baixo na maior parte dos tipos de empr�stimos e capta��es observados em Belo Horizonte, devido �s redu��es na taxa b�sica de juros (SELIC), que encerrou o ano de 2020 em 2,00% a.a., bem abaixo da registrada em dezembro de 2019 (4,5%), renovando o menor n�vel da hist�ria.
Nesse momento de incerteza e cont�nua volatilidade dos mercados, devido � pandemia da COVID-19, os principais resultados da pesquisa realizada em dezembro de 2020 s�o que as taxas m�dias de juros praticadas para pessoa f�sica apresentaram alta na maioria dos setores ao serem comparadas aos valores do m�s de novembro.
J� sobre as taxas para pessoa jur�dica, a maioria apresentou alta. Por fim, entre as taxas de capta��o, a maioria apresentou estagna��o ou alta em rela��o ao m�s anterior.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Marc�lio de Moraes