Em meio ao crescimento do cont�gio e das mortes por covid-19 no Pa�s e com o fim das medidas emergenciais tomadas pelo governo federal para combater os efeitos da pandemia na economia, o medo do desemprego cresceu em dezembro. Segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 7, pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), o indicador subiu 2,1 pontos em rela��o a setembro e chegou a 57,1 pontos. O resultado � superior aos 56,1 pontos de dezembro de 2019 e segue bem acima da m�dia hist�rica de 50,2 pontos.
Apesar dos resultados positivos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto a novembro e da expectativa da equipe econ�mica de nova abertura l�quida de vagas formais em dezembro, a taxa de desemprego aumentou de 14,1% em outubro para 14,2% em novembro, segundo dados do IBGE.
De acordo com a CNI, o aumento do medo do desemprego foi maior na periferia das capitais, onde o �ndice passou de 55,9 pontos para 65,5 pontos entre setembro e dezembro. "Os residentes dessas cidades passaram a ser os com maior medo do desemprego", destaca o documento. Nas capitais, o �ndice ficou em 57,5 pontos, enquanto nas cidades do interior ficou em 55,2 pontos.
Entre os entrevistados que cursaram apenas o ensino fundamental, o medo do desemprego supera os 59 pontos. Para aqueles com ensino m�dio completo, o indicador ficou em 56,3 pontos em dezembro. Ainda assim, o medo do desemprego cresceu mais entre os entrevistados com educa��o superior, com o �ndice passando de 50,1 pontos para 54,7 pontos de setembro para dezembro.
Satisfa��o
Apesar do medo do desemprego estar maior, o �ndice de satisfa��o coma vida melhorou em dezembro. O indicador aumentou 1,7 ponto em rela��o a setembro e chegou a 70,2 pontos. O resultado � 1,9 ponto melhor que o registrado no fim de 2019 e est� acima da m�dia hist�rica de 69,6 pontos - o que n�o ocorria desde 2014.
"A melhora na satisfa��o com a vida da popula��o brasileira pode estar relacionada tanto � percep��o, no in�cio de dezembro, de melhora da crise sanit�ria e econ�mica, como ao aux�lio emergencial que proveu maior seguran�a econ�mica �s fam�lias de baixa renda", avaliou o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.
Foram entrevistadas 2 mil pessoas em 126 munic�pios entre os dias 5 e 8 de dezembro de 2020.
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