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Estado de Minas Pre�os

Infla��o chega a 4,52% em 2020, a maior desde 2016

O resultado foi informado nesta ter�a-feira (12/01) pelo IBGE e ficou acima do centro da meta perseguida pelo Banco Central, que era de 4%


12/01/2021 09:18 - atualizado 12/01/2021 09:39

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Com alta de 1,35% em dezembro, em boa parte puxada pela conta de luz mais cara, o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de infla��o do Pa�s, fechou 2020 com avan�o de 4,52%, o maior desde 2016.

O resultado, informado nesta ter�a-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), ficou acima do centro da meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 4,0%, com margem de toler�ncia de 1,5 ponto para mais ou para menos. No ano marcado pela covid-19, os pre�os dos alimentos deram o tom.

Quando a pandemia se abateu sobre a economia, provocando a recess�o global, o IPCA chegou a registrar taxas negativas. Com as atividades paradas, os pre�os, especialmente de servi�os, despencaram nos primeiros meses de isolamento social. Todas as previs�es apontavam, na �poca, para um IPCA abaixo da meta do BC no ano passado.

O cen�rio virou a partir de meados do ano passado. Com a concentra��o da demanda em itens b�sicos e a alta do d�lar, os alimentos para consumo no domic�lio come�aram a encarecer rapidamente. Fecharam 2020 com alta de 14,09%, a maior desde 2002, quando foi de 19,47%.

A decis�o da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) de adotar bandeira vermelha - uma taxa extra na conta de luz para compensar o maior uso de usinas t�rmicas, mais caras - em dezembro era o que faltava para o IPCA de 2020 extrapolar a meta.

A taxa adicional no custo da eletricidade foi anunciada no in�cio de dezembro e, portanto, j� estava na conta dos economistas antes do an�ncio do IPCA de dezembro. A mais recente pesquisa do Proje��es Broadcast com analistas do mercado financeiro apontava que o IPCA de 2020 ficaria em 4,38%.

Desde que o encarecimento dos alimentos entrou no radar em meados de 2020, economistas v�m apontando para o car�ter tempor�rio da alta. Mesmo que a infla��o de alimentos venha se prolongando - o que afeta, sobretudo, as fam�lias mais pobres -, esse car�ter tempor�rio segue no cen�rio dos analistas. O mesmo vale para a conta de luz, j� que a taxa adicional da Aneel se deve ao baixo n�vel dos reservat�rios das hidrel�tricas por falta de chuvas.

Tanto que, para 2021, as proje��es apontam para um IPCA anual de 3,30%, diante de uma meta do BC mais baixa que a deste ano, de 3,75%, com a mesma margem de 1,5 ponto. Com as proje��es apontando para perto da meta, uma rea��o do BC, com alta da taxa b�sica de juros - a Selic, hoje em 2,0% ao ano - para conter a demanda, n�o dever� ser acelerada por causa da leitura final do IPCA do ano passado.

Para Alexandre Lohmann, economista da consultoria GO Associados, embora n�o faltem motivos para a infla��o continuar elevada nos pr�ximos meses, "muito dificilmente o IPCA vai ficar fora do intervalo" de toler�ncia da meta do BC em 2021.

"Podemos ir novamente para 4,0%, e se esse cen�rio se realizar, o BC deve come�ar a subir juros aos poucos, para mostrar que se preocupa com a infla��o", afirmou Lohmann.

Para outros economistas, como Daniel Karp, do banco Santander, a economia fraca e a recupera��o gradual na taxa de desemprego devem formar um cen�rio incapaz de produzir grande press�o inflacion�ria. Por isso, a estimativa do Santander � que o IPCA termine 2021 em 3,0%, com menos necessidade ainda de rea��o por parte do BC.

"Nossa proje��o para Selic � de 2,50% at� o fim do ano, com duas altas de 0,25 pp no fim do ano, na pen�ltima e na �ltima reuni�o. � um n�mero mais baixo que a expectativa de mercado, mas est� ancorado na nossa vis�o para a infla��o. Mesmo em 2022 entendemos que a ociosidade da economia ainda vai estar grande", afirmou Karp.


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