Bares e restaurantes de BH inovam para tentar driblar preju�zo
Rod�zio de comida japonesa em drive-thru e boteco em casa s�o alguns dos artif�cios para manter a clientela, diante das restri��es impostas pelo coronav�rus
Os clientes n�o precisam sair do carro para degustar o rod�zio de comida japonesa (foto: Yakan/Divulga��o)
Medidas restritivas impostas por decretos em Belo Horizonte que visam evitar a propaga��o do cont�gio da COVID-19 como a Lei Seca e a proibi��o de consumo presencial em bares e restaurantes da capital obrigaram os donos dos estabelecimentos a se reinventarem para n�o perder cliente e renda. A necessidade trouxe a criatividade e, assim, muitas novidades surgiram, do “buteco na caixa”ao primeiro rod�zio drive-thru de comida japonesa do Brasil.
Diogo Leite, de 34 anos, s�cio-propriet�rio de um restaurante de comida japonesa situado na Savassi, criou uma forma de oferecer o rod�zio aos clientes j� que o consumo no local est� proibido, devido ao Decreto nº 17.328, de 2020.
Segundo Diogo, desde o in�cio da pandemia ele n�o demitiu nenhum dos seus 20 colaboradores e a criatividade foi fundamental para criar essa condi��o: “Tivemos que nos reinventar e os clientes t�m nos abra�ado. Inclusive teve pessoa que n�o tinha coragem de frequentar um restaurante e achou a ideia interessante, por ser mais seguro o consumo dentro do carro e n�o ter que compartilhar o ambiente”.
Todo o sistema utiliza vasilhas de delivery descart�veis onde os alimentos s�o entregues, dentro do carro, embalados. Tamb�m � entregue uma sacola de papel para o descarte dos res�duos, que � recolhida pelo gar�om ao final do servi�o.
Devido ao novo modelo, os custos aumentaram. “Tive que fazer investimento porque algumas embalagens eu n�o tinha, como a de servir o sorvete. Mas n�o vou repassar esse custo para o consumidor porque eu gastei com embalagens, mas vou economizar com a lavagem do vasilhame”, pontua o propriet�rio.
No drive-thru, o sistema de pedidos � semelhante ao presencial: eles s�o feitos on-line, por meio de um tablet do estabelecimento, e levados pelo gar�om at� o carro.
Al�m disso, o cliente pode ouvir uma playlist disponibilizada pelo restaurante, tudo para reproduzir a experi�ncia de estar dentro do local e se sentir confort�vel.
“Esse sistema surgiu devido � nova necessidade. N�s n�o podemos ser negligentes e nem negar que o v�rus exista, mas tamb�m n�o precisamos desistir ou cruzar os bra�os. Existem formas de contornarmos a situa��o de maneira segura”, ressalta Diogo.
No primeiro dia do rod�zio drive-thru, os carros ficaram estacionados numa rua pr�xima ao restaurante. Agora, a novidade � que o cliente ter� estacionamento exclusivo – o propriet�rio fechou contrato com um local ao lado para oferecer mais conforto e seguran�a.
O boteco na sua casa
Se n�o se pode ir ao bar degustar dos muitos petiscos que s� um "bar raiz" consegue oferecer, o boteco, ent�o, vai at� voc�. Essa � a proposta de um bar do Bairro Buritis, que criou o “Buteco na caixa” e leva at� a casa do cliente op��es de caixas em tr�s tamanhos e pre�os diferentes, com as por��es de petiscos que eram servidas no bar, al�m das cervejas.
Tudo de gostoso que um boteco pode oferecer dentro de uma caixa. Essa � a proposta de um bar para enfrentar a pandemia (foto: Cantim/Divulga��o)
Um dos s�cios, Andr� Gasbarro, de 43, conta que o estabelecimento preza pela entrega personalizada, para que os alimentos cheguem em bom estado e a cerveja ainda bem gelada.
Por isso, a caixa n�o est� dispon�vel nos aplicativos de entrega de comida, apenas nos pedidos feitos diretamente nos contatos do bar. A entrega � em toda a BH.
“A ideia surgiu durante a pandemia, no final do ano passado, quando veio a Lei Seca que restringiu o consumo de bebidas alco�licas no estabelecimento. Essa ideia nos salvou porque est�vamos bem no momento em que precis�vamos pagar a segunda parcela do 13º sal�rio dos funcion�rios”, explicou Andr�.
Segundo ele, o “buteco na caixa” foi bem aceito, principalmente, no per�odo das festas virtuais de final de ano.
“Tivemos muita ades�o de empresas que, por ser final de ano, mandavam as caixas aos funcion�rios para a confraterniza��o virtual. Cada um recebia sua caixa e todos, de forma on-line, se reuniam para comer e beber no mesmo momento”.
Para Andr�, quem mais sai ganhando � o cliente: “� at� um pouco mais barato pedir a caixa porque a gente faz um mix de tira-gosto para ter mais op��es e o cliente sai ganhando com a variedade”.