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Estado de Minas ECONOMIA

Para diretor do BC, 2� onda n�o tem mesmas consequ�ncias econ�micas da 1�


12/01/2021 13:47

O diretor de Pol�tica Monet�ria do Banco Central, Bruno Serra, afirmou nesta ter�a-feira, 12, que uma segunda onda de contamina��o pela covid-19 n�o tem, necessariamente, as mesmas consequ�ncias econ�micas da primeira onda, verificada em 2020. "N�o � nada simples reprisar o choque que vivemos em mar�o e dizer que o impacto agora vai ser o mesmo", avaliou, durante evento virtual.

Segundo Bruno Serra, em mar�o e abril de 2020 o avan�o da pandemia gerou "lockdowns fortes" e as pessoas passaram a ficar em casa.

Agora, a avalia��o � de que h� um recrudescimento da doen�a, mas como consequ�ncia da volta da mobilidade.

Para o diretor do BC, � dif�cil estimar que o impacto da segunda onda na economia ser� o mesmo que o da primeira onda, vista no ano passado.

Grau de est�mulo

Bruno Serra afirmou tamb�m que a institui��o precisou adotar um grau de est�mulo monet�rio "forte" no Brasil, em meio � pandemia do novo coronav�rus, mas que isso � "tempor�rio". "A taxa de juros que precisamos colocar foi em ambiente de choque at�pico", afirmou o diretor, durante evento virtual.

Atualmente, a Selic (a taxa b�sica de juros) est� em 2,00% ao ano, no menor patamar da hist�ria. Em suas comunica��es, o BC vem pontuando que o atual n�vel "extraordinariamente elevado de est�mulo monet�rio" � adequado.

Bruno Serra afirmou, no entanto, que "� natural esperar que o est�mulo extraordin�rio v� sair de cena em algum momento".

Segundo ele, isso j� vem sendo projetado pelo mercado. "O debate vai ocorrer", afirmou, para depois acrescentar que "ainda � o momento de est�mulo bastante extraordin�rio".

Commodities

O diretor de Pol�tica Monet�ria do Banco Central avaliou ainda a alta mais recente das commodities no mercado internacional, que gerou efeitos para o mercado global de c�mbio. Segundo ele, o movimento pode ser separado em duas partes.

Em primeiro lugar, conforme Serra, a pandemia do novo coronav�rus levou um grande n�mero de pa�ses a utilizar o espa�o fiscal para "colocar dinheiro" na economia. "Os pa�ses desenvolvidos usaram o fiscal mais do que n�s", pontuou o diretor. Segundo ele, com mais dinheiro nas m�os das pessoas, o consumo de produtos reagiu e os pre�os das commodities se recuperaram.

A segunda explica��o para o avan�o das commoditites est� ligada ao clima. "A quest�o clim�tica tamb�m pesou nos gr�os e foi para os pre�os", afirmou. "A Ar�bia Saudita restringiu produ��o", acrescentou, em refer�ncia aos cortes mais recentes na produ��o de petr�leo, que impulsionaram os pre�os da commodity e o d�lar ante outras moedas no mercado internacional.

C�mbio

Ao avaliar de forma geral o movimento do c�mbio nos �ltimos meses, Bruno Serra lembrou que o Brasil passou pelo que outros pa�ses passaram durante a pandemia, com a sa�da de investimentos estrangeiros. Al�m disso, ele lembrou que em 2020 o Brasil enfrentou um "ajuste grande" de estoques cambiais ligados ao overhedge - o hedge (prote��o) em excesso que bancos com opera��es no exterior carregavam e que precisou ser reduzido at� o fim do ano.

O ajuste do overhedge, conforme Bruno Serra, somou cerca de US$ 35 bilh�es. Para evitar press�o adicional no c�mbio, o BC promoveu opera��es cambiais no fim de 2020, permitindo a redu��o do overhedge. "Era um problema que viv�amos no mercado de c�mbio brasileiro. Reduzir o estoque de overhedge � doloroso, mas vai trazer frutos no futuro", defendeu.

Bruno Serra participou nesta ter�a de evento virtual sobre "Conjuntura Econ�mica Brasileira", organizado pela XP Investimentos.


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