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Estado de Minas ECONOMIA

Sa�da da Ford � 2� onda de desindustrializa��o recente


17/01/2021 16:14

O movimento de sa�da do Brasil de multinacionais da ind�stria � uma segunda onda da desindustrializa��o que come�ou na recess�o anterior, de 2014. Na avalia��o do gerente executivo de Economia da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Renato da Fonseca, o an�ncio da Ford e de outras empresas segue o mesmo roteiro visto h� poucos anos em setores como metalurgia e petroqu�mica, que est�o na cadeia dos insumos utilizados por outras ind�strias. Para ele, incentivos fiscais n�o s�o o caminho para manter multinacionais no Pa�s; a solu��o passa pela reforma tribut�ria e investimentos mais robustos em energia e infraestrutura para exporta��es.

A japonesa Sony tamb�m decidiu sair do Brasil, ao anunciar em setembro o fim da produ��o na f�brica em Manaus (AM) at� mar�o deste ano. A tamb�m japonesa Mitutoyo fechou a planta de instrumentos de medi��o em Suzano (SP) em outubro. J� o grupo farmac�utico su��o Roche anunciou que deixar� de fabricar medicamentos at� 2024.

"A decis�o das matrizes sempre � procurar o pa�s que vai gerar mais lucro. O Brasil � um pa�s com alto custo de seguran�a jur�dica. O Brasil n�o decola, � um pa�s que cresce e trava. Com isso, a pr�pria demanda do Pa�s n�o se mant�m ao longo do tempo", avalia Fonseca.

Exporta��o. Segundo o economista da CNI, ap�s duas recess�es em cinco anos, o mercado dom�stico perdeu f�lego, fazendo com que os entraves � exporta��o pesassem ainda mais para essas companhias. "As empresas que atuam aqui precisam exportar. Se n�o conseguirem, v�o desinvestir e atender o mercado dom�stico com importa��es", diz. "O Brasil est� longe dos grandes fluxos de com�rcio e n�o teve agilidade necess�ria para entrar na cadeia produtiva global."

Fonseca lembra que muitas multinacionais nos setores de siderurgia - sobretudo de alum�nio - e petroqu�mica j� haviam deixado o Brasil na recess�o anterior devido ao alto custo de produzir no Pa�s, quando se leva em conta os pre�os da energia, do g�s e da burocracia.

S� no Estado de S�o Paulo fecharam 4.451 ind�strias de transforma��o em 2015. No in�cio de 2016, as metal�rgicas Eaton, Maxion e Randon anunciaram o fim das atividades em Guarulhos (SP) na mesma semana. O fechamento em cascata de f�bricas de autope�as naquele ano encontra eco nos an�ncios da ind�stria automobil�stica nos �ltimos meses.

"A competi��o com outros pa�ses � acirrada. Nos �ltimos anos temos visto movimentos seguidos de fechamento de f�bricas de equipamentos para a ind�stria extrativa, estaleiros, na ind�stria de alum�nio, na �rea petroqu�mica, no setor t�xtil. A ind�stria automobil�stica ainda tinha vantagem de exportar para a Am�rica Latina, mas a pandemia reduziu muito o mercado", explica Fonseca.

Para ele, a solu��o para manter as multinacionais n�o � conceder incentivos fiscais, mas, sim, a reforma tribut�ria e investimentos em energia e infraestrutura para exporta��es.

"A reforma tribut�ria beneficia setores com cadeia mais longa. In�cio da cadeia - extra��o de min�rio e agropecu�ria - tem competitividade. J� a ind�stria de ponta gera mais empregos e tem mais poder de arrasto na economia", afirma.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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