
A Petrobras anunciou, nesta ter�a-feira (26/01), um reajuste de 5,05% no pre�o da gasolina nas refinarias. Esse � o segundo aumento deste o in�cio de 2021, que em 18 de janeiro teve uma eleva��o de 8%. No total, o combust�vel acumula alta de 13,4%. Desta vez, o diesel tamb�m sofreu aumento, de 4,4%. Os novos valores passam a vigorar j� nesta quarta-feira (27/01. Por�m, esse aumento, de fato, preocupa o consumidor belo-horizontino?
Segundo a coordenadora de pesquisas da Funda��o Ipead Thaize Martins, a resposta � sim. “O aumento da gasolina sempre preocupa, porque os produtos brasileiros tem essa taxa como um peso muito importante, tanto na composi��o de combust�veis quanto na distribui��o e transporte de alimentos, por exemplo. E isso acaba gerando um efeito em ‘cadeia’, porque transportes e servi�os que dependem da gasolina podem incorporar e repassar os valores nos servi�os prestados”, explica.
Por�m, isso depende, tamb�m, do valor a ser repassado para a bomba dos postos de gasolina, o que � muito diferente do pre�o nas refinarias. “� um beco sem sa�da. Pode ser bom para a ind�stria, refinaria e petroleira chamada Petrobr�s. Mas para o consumidor pode ter certeza que n�o est� sendo bom neg�cio, j� que os donos de postos precisam repassar esse valor imediatamente, porque a margem vai corroendo, e de repente, eles n�o conseguem repassar.”
"Entre os dias 7 e 10 de janeiro de 2021, em 145 postos localizados em Belo Horizonte e Regi�o Metropolitana, o menor pre�o encontrado da gasolina comum foi de R$ 4,375 e o maior R$4,999, variando 14,26%. Em compara��o realizada entre os pre�os do dia 15 de novembro 2020, constatou-se que o pre�o m�dio da gasolina comum subiu 3,72% ou R$0,27. J� o menor pre�o encontrado para o etanol foi de R$3,095, e o maior de R$3.790, com uma varia��o de 22,46%. Na compara��o realizada entre os pre�os m�dio no dia 15 de novembro de 2020, foi apontando que o pre�o m�dio do etanol subiu 7,79%."
Site de pesquisas Mercado Mineiro,
“No entanto, eles normalmente n�o repassam o valor integralmente para a bomba, pois h� concorr�ncia”, afirma Feliciano Abreu, economista e coordenador do Mercado Mineiro. � justamente a� que h� varia��o na infla��o e no aumento dos gastos pelos consumidores e prestadores de servi�os. Ao contr�rio do diesel, que tamb�m sofreu aumento nesta leva, a gasolina interfere, e muito, nas taxas de infla��o.
“Na nossa pesquisa, que � de janeiro, ainda n�o se observou um aumento significativo, mas analisamos em torno de 1,56%. Sempre que h� esse an�ncio de eleva��o nos valores nas refinarias, s� conseguimos identificar depois, quando ele � repassado para a bomba. Se esse aumento atual, o de 5,05%, for praticado na bomba integralmente, ele traz um impacto de 0,21 pontos percentuais na infla��o, a princ�pio. Isso quer dizer que, se a infla��o tiver que fechar em 1%, 0,21 seria s� referente a gasolina. Isso � muita coisa”, analisa Thaize Martins.
AT� AQUI...
O consumidor da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte come�ou o ano pagando mais caro pelos combust�veis. O pre�o da gasolina sofreu reajuste de 2,03% em janeiro e o etanol encareceu 3,38% na Grande BH, de acordo com a pesquisa do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), pr�via da infla��o oficial do pa�s, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
A remarca��o do �leo diesel foi de 3,10%. Os reajustes superaram com for�a o �ndice geral, o IPCA-15, que subiu 0,97% na �rea metropolitana da capital mineira; e ficaram tamb�m acima do aumento m�dio no Brasil, de 0,95% para a gasolina e 1,78% para o diesel. Em rela��o ao etanol, houve queda de 0,97% na m�dia nacional.
De acordo com o site de pesquisas Mercado Mineiro, em pesquisa feita entre os dias 7 e 10 de janeiro de 2021, em 145 postos localizados em Belo Horizonte e Regi�o Metropolitana, o menor pre�o encontrado da gasolina comum foi de R$ 4,375, e o maior R$4,999, variando 14,26%. Em compara��o realizada entre os pre�os do dia 15 de novembro 2020, constatou-se que o pre�o m�dio da gasolina comum subiu 3,72%, ou R$0,27.
Ainda segundo o levantamento feito pelo Mercado Mineiro, o menor pre�o encontrado para o etanol foi de R$3,095, e o maior de R$3.790, com uma varia��o de 22,46%. Na compara��o realizada entre os pre�os m�dio no dia 15 de novembro de 2020, foi apontando que o pre�o m�dio do etanol subiu 7,79%.
O ETANOL
Nesse cen�rio, conforme apontado pela pesquisa do site Mercado Mineiro, o etanol passa a ser vi�vel para o consumidor, o que gera competitividade. N�o � toa, de acordo com a Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP), o etanol est� mais competitivo que a gasolina em tr�s estados brasileiros, incluindo Minas Gerais – Goi�s e Mato Grosso tamb�m registraram maior procura por etanol. E isso mesmo em per�odo de entressafra, quando n�o a produ��o do combust�vel.
“Essa quest�o entre o etanol hidratado e a gasolina � uma rela��o de pre�os na bomba, que uma parte do consumidor escolhe quando os carros s�o flex e podem colocar um ou outro combust�vel, at� os dois misturados, e ele ent�o escolhe de acordo com a rela��o de pre�os entre um produto e outro. No caso, o etanol hidratado, com um litro de etanol voc� percorre menos quil�metros do que com um litro de gasolina, ent�o normalmente o etanol � mais barato que a gasolina, para voc� compensar colocar ele.”
� o que explica o presidente da Associa��o da Ind�stria Sucroenerg�tica de Minas Gerais (Siamig), M�rio Campos. Segundo ele, a compara��o mais utilizada por analistas � a de que quando o pre�o do litro de etanol hidratado est� em torno de at� 70% do pre�o da gasolina, compensa colocar o etanol. Acima de 70%, isso j� n�o � mais vi�vel.
“Em Minas Gerais, como temos um pre�o e uma competi��o do etanol hidratado muito bom, perante a gasolina, a gente tem um consumo interessante de etanol. Os mineiros, h� alguns anos, fazem esse tipo de conta para abastecer os seus ve�culos. Por�m, � claro que o consumo do etanol hidratado vai depender tamb�m do pre�o da gasolina. Quando sobe o da gasolina, o etanol ganha em competitividade e h� uma tend�ncia de maior consumo.”
*Estagi�ria sob a supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria