Bolsonaro apela para caminhoneiro n�o realizar greve e avalia medidas no diesel

O presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, fez nesta quarta-feira um apelo aos caminhoneiros para que desistam da paralisa��o da categoria, programada para a semana que vem. Ele confirmou a inten��o do governo de reduzir tributos sobre o diesel para aliviar a press�o do reajuste do combust�vel sobre o bolso dos caminhoneiros, mas ressaltou que "n�o � uma conta f�cil de ser feita". Cada centavo de redu��o no PIS/Cofins sobre o diesel teria impacto de R$ 800 milh�es nos cofres p�blicos. "Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia, apelamos para eles que n�o fa�am greve, que todos n�s vamos perder", pediu o presidente.

Bolsonaro esteve nesta quarta com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na sede da pasta. A reuni�o n�o estava na agenda oficial de nenhum deles. No encontro, um dos assuntos foi justamente a possibilidade de compensar os caminhoneiros pelo aumento no pre�o do diesel.

"Estamos estudando medidas. Agora n�o tenho como dar uma resposta de como diminuir o impacto, na verdade foram R$ 0,09 (de aumento) no pre�o do diesel (na refinaria). Para cada centavo no pre�o do diesel que por ventura n�s queremos diminuir, no caso o PIS/Cofins, equivale a buscarmos em algum outro local R$ 800 milh�es. Ent�o n�o � uma conta f�cil de ser feita", afirmou o presidente.

Como mostrou o Broadcast (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado), t�cnicos ressaltam que o corte no PIS/Cofins s� vai adiante se houver compensa��o, ou seja, eleva��o de outro tributo ou corte de subs�dio. As op��es ainda est�o sendo analisadas pela �rea econ�mica. H� quem seja contra a medida por considerar que resolve a quest�o apenas no curt�ssimo prazo, sem afastar risco de novos reajustes nos pre�os.

Bolsonaro disse que a Petrobras d� reajustes conforme o pre�o do petr�leo no mercado internacional e a cota��o do d�lar. "Ontem tivemos boa not�cia, d�lar baixou 20 centavos", afirmou.

O presidente atribuiu os pre�os elevados do combust�vel � carga de impostos, sobretudo estaduais. "O diesel, na refinaria, o pre�o est� razo�vel, mas at� chegar na bomba de combust�vel tem ICMS, tem margem de lucro, tem transportador, tem muito monop�lio no meio disso", afirmou. "A solu��o n�o � f�cil e estamos buscando uma maneira de n�o ter mais esse reajuste (para o diesel). Porque os impostos federais, a gente sempre disse, eu estou pronto para zerar, a gente vai para o sacrif�cio, mas gostaria que o ICMS acompanhasse tamb�m essa diminui��o", acrescentou.