Osvaldo Luiz Ribeiro J�nior � propriet�rio da Garage Cycles, uma oficina de pe�as que faz parceria com lojas especializadas em bicicletas, localizada no Bairro Carmo, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele conta que trabalha com modelos mais comerciais e que a maior parte das pe�as para montar as bicicletas � fabricada na China.
“Eles ficaram quase um ano sem fabricar (por causa da pandemia) e isso afetou a produ��o n�o s� no Brasil, mas no mundo. As bicicletas foram acabando, n�o tendo pe�as para reposi��o (quadros, kits, pneus). Eles n�o estavam recebendo insumos, como que iam mandar pe�as prontas?”, diz.
Wendel L�cio Ferreira � gerente comercial da Global Bicicletas, que fica no Bairro Funcion�rios, tamb�m na Regi�o Centro-Sul. “Estamos com falta de produtos. Alguns modelos a gente ainda tem porque estamos recebendo aos poucos. Mas, modelos infantis, juvenis, de passeio e de estrada est�o em falta”, conta.
Segundo ele, os produtos come�aram a faltar em agosto do ano passado.
Segundo ele, os produtos come�aram a faltar em agosto do ano passado.
Novos clientes e alta nos pre�os
Ferreira comenta que a procura por bicicletas come�ou em raz�o da pandemia de COVID-19. “Tivemos muita procura por ser um esporte individual e as academias estarem fechadas.”
J�nior relata a mesma percep��o: “A gente viu que do come�o da pandemia para c� muitas pessoas que n�o andavam de bicicleta adquiriram esse h�bito para n�o ficar sem se exercitar. � um esporte simples e que mant�m o distanciamento social. Ent�o, principalmente, o pessoal de academia, muitas donas de casa compraram. Come�ou a crescer a venda de bicicletas, mas, na outra ponta, da fabrica��o, parou (a produ��o)”.
De acordo com ele, as pe�as come�aram a chegar em novembro do ano passado. “A gente estava sem pneu, pastilha de freio, quadro. Acredito que a cadeia foi afetada: dos importadores, para chegar aos montadores e distribuidores � que permitiu essa falta de produtos.”
Em alguns setores, segundo J�nior, ainda faltam pe�as: “Se voc� comprar uma bicicleta hoje, dependendo do modelo, n�o vai conseguir roda para ela. Se ela quebrar, perdeu a bicicleta. Isso vale para todos os tipos, das mais caras at� as mais baratas, j� que 90% delas s�o importadas".
Ele acredita que a situa��o s� deve se normalizar em seis meses e ressalta haver fila de espera para quem quer adquirir uma bicicleta. “A pessoa s� vai receber l� para abril.”
Al�m da escassez de produtos, J�nior conta que as pe�as ficaram muito mais caras: “O cliente tem uma bicicleta comum, que custa de R$ 1 mil a R$ 2 mil, e quebra uma pe�a que antigamente custava R$ 80, hoje ele vai pagar R$ 200”.
Ferreira tamb�m afirma que as bicicletas tiveram grande aumento de pre�o: “Principalmente por causa da alta do d�lar”.
Segundo ele, as distribuidoras s� t�m previs�o de entregar mais produtos entre mar�o e abril.
Segundo ele, as distribuidoras s� t�m previs�o de entregar mais produtos entre mar�o e abril.
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina