Dezessete das 24 atividades investigadas no �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP) registram infla��o em dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Em dezembro, o IPP subiu 0,41%. O IPP mede a evolu��o dos pre�os de produtos na "porta da f�brica", sem impostos e fretes, da ind�stria extrativa e de 23 setores da ind�stria de transforma��o.
A alta de dezembro foi puxada pelo refino de petr�leo e produtos de �lcool (5,41%), com impacto positivo de 0,43 ponto porcentual no �ndice agregado. Outra alta em destaque foi registrada no setor de borracha e pl�stico (2,75%), com impacto positivo de 0,10 pp no m�s. Os pre�os da metalurgia subiram 1,65%, com impacto positivo de 0,11 pp.
Os maiores impactos negativos, que ajudaram a arrefecer a alta do IPP em dezembro, foram os pre�os dos alimentos, com queda de 1,17%, a primeira varia��o negativa desde junho, quando recuou 0,73%. Com isso, essa atividade teve impacto negativo de 0,31 pp no �ndice agregado de dezembro.
Mas o al�vio nos pre�os do setor de alimentos em dezembro foi insuficiente para evitar que a alimenta��o fosse a grande vil� da infla��o do atacado em 2020. No ano passado, o IPP subiu 19,40%, maior varia��o da s�rie hist�rica do indicador, iniciada em 2014.
Em 2020, os pre�os do setor de alimentos variaram em 30,23%, respondendo por 7,11 pontos porcentuais (p.p.) da taxa anual. Com o al�vio de dezembro, a taxa fechada de 2020 do setor de alimentos ficou abaixo do acumulado at� novembro, que foi de 31,78%. Mesmo com o al�vio, segundo o IBGE, � a maior alta anual do setor da s�rie hist�rica do IBGE, superando os 21,24% de 2010.
Segundo o IBGE, em 2020, os setores com maiores altas de pre�os no IPP foram "fabrica��o de �leos e gorduras vegetais e animais" (63,82%), "moagem, fabrica��o de produtos amil�ceos e de alimentos para animais" (40,17%) e "fabrica��o e refino de a��car" (30,81%).
"Na explica��o dos resultados de 2020, n�o se pode perder de vista o problema de abastecimento de arroz, o c�mbio (cuja deprecia��o do real frente ao d�lar foi de 25,2%), al�m das particularidades no comportamento do mercado internacional para os derivados de soja e de cana-de-a��car e as carnes de modo geral", diz a nota do IBGE.
Bens de capital
Os bens de capital ficaram 1,15% mais baratos na porta de f�brica em dezembro, segundo os dados do IPP. O resultado ocorre ap�s os pre�os terem aumentado 0,09% em novembro.
Os bens intermedi�rios registraram avan�o de 0,50% em dezembro, ante avan�o de 1,48% em novembro. J� os pre�os dos bens de consumo subiram 0,58% em dezembro, depois de uma alta de 1,49% em novembro.
Dentro dos bens de consumo, os bens dur�veis tiveram eleva��o de 1,08% em dezembro, ante alta de 0,87% no m�s anterior. Os bens de consumo semidur�veis e n�o dur�veis subiram 0,48% em dezembro, ap�s a eleva��o de 1,61% registrada em novembro.
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