Dias afirma que a redu��o ou zeragem do PIS/Cofins sobre o diesel, cogitada pelo governo, n�o seria suficiente para terminar com a greve, porque o principal problema � a pol�tica de paridade ao pre�o internacional adotada pela Petrobras.
"Quem teria a culpa de desabastecimento do pa�s se o movimento se prolongar por 3, 4, 5 dias, como foi na �poca do presidente Michel Temer, quando durou 11 dias, n�o s�o os caminhoneiros, � quem � respons�vel pela pasta. Se o presidente chamar para conversar no primeiro dia e resolver, todo mundo volta a trabalhar no dia seguinte. At� agora n�o teve di�logo com Conselho Nacional ou com a categoria."
No s�bado (30), Bolsonaro pediu que a categoria n�o entrasse em greve e disse que todo mundo perderia se isso acontecesse, "o Brasil todo". Questionado sobre o apelo do presidente, Dias afirmou que entende que o presidente n�o pode incitar greves, mas reclamou que "n�o chegou nada para categoria de aut�nomos" nos primeiros dois anos de governo. "N�o podemos deixar passar este ano, o ano que vem � de elei��o, sen�o os caminhoneiros v�o continuar no submundo."
O presidente do CNTRC tamb�m disse que a categoria n�o ir� bloquear as estradas, deixando faixas livres. "Vamos fazer a manifesta��o dentro da lei. Temos o direito de conscientizar a categoria. Somos um Pa�s democr�tico e est� na Constitui��o o direito de fazer manifesta��o livre."
Uma liminar concedida pela Justi�a Federal do Rio no s�bado pro�be caminhoneiros em greve de bloquear, mesmo que parcialmente, a rodovia BR-101, que margeia o litoral do Pa�s. A decis�o vale para todo o trecho da BR-101 no Rio. Uma decis�o liminar do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo, concedida na sexta-feira (29), j� havia proibido bloqueios da Rodovia Presidente Dutra, trecho da BR-116 que liga S�o Paulo ao Rio.
Al�m do fim da pol�tica de paridade ao pre�o internacional dos combust�veis, a pauta de reivindica��es da categoria tem outros nove pontos, mas outro tema urgente, segundo Dias, � a modifica��o da reda��o do projeto 4199/2020, o BR do Mar, que, segundo o dirigente, d� vantagem para empresas estrangeiras no transporte de cabotagem, o que favorecia a contrata��o de empresas frotistas para fazer o frete em detrimento de caminhoneiros aut�nomos.
"Os caminhoneiros est�o preocupados em perder emprego", diz ele, argumentando que n�o foi avaliado o impacto social do projeto e nem as condi��es da categoria nos portos do Pa�s, que fica "ao relento".
A pauta tamb�m discute aposentadoria especial para a categoria, o cumprimento do piso m�nimo do frete, estabelecido em 2018 ap�s a paralisa��o de 11 dias, respeito � jornada de trabalho e maior fiscaliza��o da Ag�ncia Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), entre outras reivindica��es.