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Estado de Minas ECONOMIA

C�mara arbitral d� vit�ria � Paper Excellence em disputa pela Eldorado


04/02/2021 07:00

A corte arbitral da International Chamber of Commerce (ICC Brasil) decidiu, por 3 votos a zero, que o grupo J&F;, dos irm�os Batista, ter� de vender 100% da Eldorado Celulose ao grupo asi�tico Paper Excellence, nos termos do acordo firmado entre as partes em 2017. A disputa, que se moveu da Justi�a brasileira para o tribunal arbitral, se arrastava h� mais de tr�s anos. A informa��o foi antecipada pela colunista S�nia Racy.

A Eldorado foi vendida em setembro de 2017 para a companhia do empres�rio Jackson Widjaya, da mesma fam�lia que controla a gigante asi�tica Asia Pulp and Paper (APP). O acordo foi feito quatro meses ap�s as dela��es dos irm�os Batista sobre corrup��o virem � tona, mesma �poca em que ocorreu a venda da Vigor e da Alpargatas. Desentendimentos entre comprador e vendedor levaram � negocia��o para arbitragem.

O valor total era de R$ 15 bilh�es. Conforme o acordo original, a Paper Excellence desembolsou, em presta��es, R$ 3,8 bilh�es por 49,4% das a��es, mas o neg�cio n�o foi conclu�do porque os Batistas alegaram que os asi�ticos n�o liberaram as garantias prestadas pela holding em d�vidas da Eldorado para pagar seus credores.

Em 2019, R$ 11,2 bilh�es chegaram a ser depositados pela fam�lia Widjaya em uma conta no BTG Pactual, como forma de comprovar a capacidade de pagamento da companhia - o valor foi posteriormente transferido para o Ita� Unibanco.

A Paper Excellence acusava a J&F; de ter dificultado a libera��o, por conta da recupera��o dos pre�os da celulose ap�s o neg�cio ter sido fechado.

Enquanto isso, a holding dos Batistas alegava ter d�vida a capacidade do comprador de fazer o pagamento. A CA Investments, empresa de investimento da Paper Excellence, divulgou fato relevante confirmando a senten�a, assim como a Eldorado. A J&F; n�o se pronunciou.

Ainda segundo a decis�o arbitral, a finaliza��o do neg�cio depende da libera��o das garantias que foram dadas pela J&F; em um empr�stimo realizado pela Eldorado, sendo grande parte em a��es da JBS, outro neg�cio da fam�lia Batista, apurou o Estad�o. Uma fonte frisou que essas garantias devem ser liberadas antes ou no mesmo dia da transfer�ncia do controle. Grande parte da d�vida da Eldorado com garantias em a��es est� nas m�os do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).

Compasso de espera

Por causa das trocas de acusa��es, os projetos de expans�o da gigante de celulose ficaram em compasso de espera. A ideia original da Eldorado era elevar a capacidade de produ��o di�ria de 1,7 milh�o de toneladas para 4 milh�es de toneladas.

A segunda linha de produ��o da Eldorado j� tem projeto de engenharia e licen�a ambiental, al�m da terraplenagem conclu�da.

Tirar esse projeto do papel, contudo, n�o � simples: demora mais de tr�s anos para erguer a parte industrial, e a empresa precisar� definir com anteced�ncia a compra de mat�rias-primas e elevar a produ��o de eucalipto.

O movimento, que custaria cerca de R$ 12 bilh�es, � vital para que o grupo se mantenha competitivo nos pr�ximos anos, especialmente depois que a Suzano incorporou a Fibria, em 2018.

A Suzano anunciou que manteve os investimentos, apesar das d�vidas relacionadas a os efeitos da pandemia de covid-19 na economia global. Em 2020, investiu entre R$ 4,2 bilh�es e R$ 4,3 bilh�es. A companhia planeja uma expans�o org�nica, com uma nova f�brica, a ser constru�da conforme a demanda pela commodity.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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