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Estado de Minas COMBUST�VEIS

Novo aumento eleva pre�o da gasolina; confira o valor em BH

Petrobras autorizou majora��o no valor do combust�vel, e Bolsonaro diz que n�o pode interferir


09/02/2021 04:00 - atualizado 09/02/2021 07:33

Litro de gasolina já é cobrado a R$ 5,099 na Avenida Nossa Senhora do Carmo, Região Centro-Sul de Belo Horizonte(foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)
Litro de gasolina j� � cobrado a R$ 5,099 na Avenida Nossa Senhora do Carmo, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte (foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)


A Petrobras anunciou mais reajustes de pre�os dos combust�veis na refinaria. A partir de hoje, o pre�o m�dio de venda da gasolina para as distribuidoras passa para R$ 2,25 por litro, refletindo aumento m�dio de R$ 0,17 por litro no pre�o de venda.

Por sua vez, o pre�o m�dio de venda do diesel passar� a ser de R$ 2,24 por litro, refletindo aumento m�dio de R$ 0,13 por litro. J� o pre�o m�dio de venda de GLP (g�s liquefeito de petr�leo) para as distribuidoras passar� a ser de R$ 2,91 por quilo (equivalente a R$ 37,79 por 13 quilos), aumento m�dio de R$ 0,14 por quilo (equivalente a R$ 1,81 por 13 quilos).

A gasolina em Belo Horizonte j� chega a R$ 5,099. O pre�o � praticado em um posto da Avenida Nossa Senhora do Carmo, na Regi�o Centro-Sul, conforme constatou a reportagem do Estado de Minas.

O valor m�dio na capital est� em R$ 4,864. Por ora, o pre�o do etanol na capital � de R$ 3,238, em m�dia, o que equivale a 8,63% de aumento em rela��o aos R$ 2,981 calculados em novembro. O diesel subiu 7,3% desde o pen�ltimo m�s do ano passado, indo de R$ 3,667 para R$ 3,935.

Pesquisa feita pelo site Mercado Mineiro entre os dias 5 e 7 deste m�s mostra que o valor aumentou R$ 0,53 em rela��o a novembro, quando era de R$ 4,482. As novas cifras m�dias representam crescimento de 8,53%.

O custo para o consumidor final deve subir mais nos pr�ximos dias, visto que a Petrobras anunciou ontem reajuste nos pre�os cobrados pelas refinarias. No in�cio de janeiro, o valor m�dio nas bombas instaladas em BH era de R$ 4,649.

Quem abastece em cidades da Regi�o Metropolitana de BH tamb�m tem precisado desembolsar cifras significativas. Em Betim e Contagem, o litro da gasolina custa, em m�dia, R$ 4,821 e R$ 4,846, respectivamente. O etanol pode ser adquirido a R$ 3,222 (o litro) em solo contagense, e a R$ 3,187 nos postos betinenses.

“O aumento � p�ssimo para o consumidor e muito ruim para os donos de postos de combust�vel. As pessoas ainda est�o em casa, com muito medo (da COVID-19), e or�amento extremamente contado. E, semanalmente, gasolina e diesel sobem, com o etanol acompanhando”, diz o economista Feliciano Abreu, coordenador das pesquisas feitas pelo Mercado Mineiro.

Ele cr� que o aumento vindo das refinarias deve come�ar a ser sentido no fim desta semana. Para Feliciano, os sucessivos aumentos contribuem para o desaquecimento do setor de combust�veis: “O consumo est� muito baixo. Se o mercado continuar aumentando os pre�os, por incr�vel que pare�a, teremos postos fechando. O consumidor tem comprado cada vez menos – n�o por n�o querer, mas por ter menos condi��es”.

ALTERNATIVA

O etanol, visto por muitos como alternativa aos combust�veis tradicionais, � vi�vel apenas quando tem pre�o m�dio correspondente a, no m�ximo, 70% do valor m�dio da gasolina. Os R$ 3,238 cobrados pelo litro do etanol correspondem a 67% dos R$ 4,864 que custeiam a mesma por��o de gasolina.

Feliciano Abreu afirma que os motoristas devem se guiar pelo pre�o m�dio do combust�vel ao analisar o local escolhido para abastecer seu ve�culo. Ele explica que os postos lucram por meio da circula��o dos autom�veis.

“Se o consumidor guardar o pre�o m�dio e abastecer abaixo do valor, tendencialmente a outra parte do mercado vai ter que abaixar para n�o ter preju�zo ou fechar”, pontua.

As subidas sequenciais no valor do diesel t�m gerado a insatisfa��o de caminhoneiros, que amea�am paralisa��es como as feitas em 2018.

O composto � respons�vel por “alimentar” os ve�culos pesados. O economista chama o diesel de “mola propulsora da economia”. Por isso, lembra que toda a popula��o sente os efeitos: “A gente acaba pagando isso nas prateleiras dos estabelecimentos”.

“Temos uma matriz rodovi�ria. Os pre�os acabam sendo inflados, tamb�m, por conta do reajuste do diesel”, corrobora �tore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

MUDAN�A NO PIS/COFINS

O Minist�rio da Economia tenta viabilizar a diminui��o do PIS/Cofins sobre os combust�veis. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, a cada litro de gasolina, � preciso pagar R$ 0,33 na forma do tributo. “Estamos na imin�ncia de anunciar diminui��o do imposto federal.

Contudo, a Petrobras tem autonomia para reajustar os combust�veis (diesel, gasolina, �lcool e g�s) no percentual e data por ela determinados”, publicou, em sua conta no Twitter.

O presidente defende tamb�m mudan�a no regime de cobran�a do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS), ligado aos governos estaduais. Ele deseja a cobran�a do tributo de forma fixa – por valor ou percentual – sobre cada litro de combust�vel.

Ontem, em frente ao Pal�cio da Alvorada, Bolsonaro voltou a falar sobre a independ�ncia da Petrobras: “N�o � novidade para ningu�m. Est� previsto um novo reajuste de combust�vel para os pr�ximos dias, est� previsto. Vai ser uma chiadeira, com raz�o. Vai. Eu tenho influ�ncia sobre a Petrobras? N�o”.

Para �tore Sanchez, o enxugamento do PIS/Cofins n�o � a melhor sa�da. “A gente n�o pode, simplesmente, parar de arrecadar. O Estado brasileiro ainda � muito grande. Temos carga tribut�ria por ter gastos elevados. Teria que ser uma redu��o prudente, sustent�vel”, diz. “A sa�da seria estimular a economia interna, com novos produtores de petr�leo e gasolina. Para, por meio do mercado, regular os pre�os”, completa.

Bolsonaro citou tamb�m a possibilidade de "convidar governadores" para debater o assunto e negou querer interferir no ICMS, um tributo estadual. A ideia de um valor fixo para o ICMS e da cobran�a nas refinarias, e n�o na bomba, enfrenta resist�ncia de governadores, que perderiam arrecada��o. "N�o estou procurando encrenca, nem acusando os governadores de cobrar demais. N�s, governo federal, tamb�m cobramos demais. Agora, devemos buscar uma solu��o", disse.

Ele reconheceu que as contas estaduais e do governo est�o "no limite", mas ponderou que a popula��o tamb�m est� sendo prejudicada. "Quem est� com a corda no pesco�o mais do que n�s, presidente da Rep�blica e governadores, � a popula��o consumidora." Bolsonaro opinou que, al�m dos altos impostos estaduais e federais, a margem de lucro de distribuidoras e de postos tamb�m � grande. "Ent�o, est� todo mundo errado, no meu entender. Pode ser que eu esteja equivocado", disse.

Segundo aumento no ano

O reajuste anunciado pela Petrobras ontem � o segundo adotado apenas em 2021. Em 26 de janeiro, a companhia divulgou aumento m�dio de R$ 0,10 no litro da gasolina e de R$ 0,09 no valor do diesel.

“Os valores praticados nas refinarias pela Petrobras s�o diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. At� chegar ao consumidor, s�o acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisi��o e mistura obrigat�ria de biocombust�veis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, al�m dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combust�veis”, alegou a empresa.

Segundo a empresa, “os pre�os praticados pela Petrobras t�m como refer�ncia os pre�os de paridade de importa��o e, dessa maneira, acompanham as varia��es do valor dos produtos no mercado internacional e da taxa de c�mbio, para cima e para baixo.”

“De forma a contribuir para a transpar�ncia da forma��o dos pre�os para a sociedade, a Petrobras publica j� h� alguns anos em seu site dados referentes aos pre�os de venda �s distribuidoras dos seus principais produtos. Desde agosto de 2019, os pre�os passaram a ser publicados por local e modalidade de venda, no formato determinado pela Resolu��o ANP 795/2019. Os novos pre�os s�o acrescentados no arquivo disponibilizado a partir da sua data de vig�ncia, sem exclus�o da vig�ncia anterior. Dessa forma, � poss�vel acompanhar a evolu��o dos pre�os por local”, afirmou, na nota em que divulga, somente a pedido, os reajustes.

“Importante ressaltar que os valores praticados nas refinarias pela Petrobras s�o diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. At� chegar ao consumidor, s�o acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisi��o e mistura obrigat�ria de biocombust�veis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, al�m dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combust�veis”, acrescentou.


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