Abraciclo: Montadoras de motos t�m pior in�cio de ano desde 2000

As montadoras de motos terminaram janeiro com apenas 53,6 mil unidades produzidas, o menor volume desde maio, m�s em que as f�bricas ainda administravam o primeiro choque da pandemia, segundo balan�o divulgado pela Abraciclo, entidade que re�ne os fabricantes de ve�culos de duas rodas. Desde 2000, quando foram montadas 43,9 mil motos em janeiro, o setor n�o iniciava um ano com produ��o t�o baixa.

Desta vez, o desempenho foi comprometido pelo colapso do sistema p�blico de sa�de de Manaus (AM), onde est� instalada a ind�stria de motocicletas. Al�m da restri��o de hor�rio de funcionamento das f�bricas, que chegou a ser limitado a 12 horas, incluindo o tempo de deslocamento dos funcion�rios at� o local de trabalho, toda a produ��o de oxig�nio foi destinada aos hospitais no tratamento de pacientes com covid-19, o que causou impacto nos processos que dependem de gases industriais, como trabalhos de solda.

Citando a falta de insumos decorrente de impactos da crise sanit�ria sobre a cadeia de suprimentos, a Honda, maior montadora de motos do Pa�s, suspendeu a produ��o entre 25 de janeiro e 3 de fevereiro, dando f�rias coletivas a oper�rios e funcion�rios de �reas administrativas.

Entre meses subsequentes, a produ��o de janeiro, na soma de todas as marcas, foi a mais baixa desde maio do ano passado (14,8 mil unidades), quando a atividade tamb�m foi parcial por causa da pandemia.

O volume de motos produzidas no m�s passado mostrou retra��o de 27% em rela��o a dezembro. Na compara��o com o mesmo m�s do ano passado, a queda foi ainda mais expressiva: 46,5%.

Ao comentar os n�meros, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, informou que n�o ser� poss�vel acabar, por enquanto, com a fila de aproximadamente 150 mil consumidores que se formou nas concession�rias e sistemas de cons�rcio � espera de motocicletas.

"� preciso que a imuniza��o em massa ocorra o mais r�pido poss�vel para que a ind�stria volte a operar com f�lego, recupere as perdas dos �ltimos meses e consiga, finalmente, equilibrar a rela��o de oferta e demanda", afirmou Fermanian.