Em meio � greve de 24 horas convocada por seus funcion�rios para esta quarta-feira, 10, o Banco do Brasil afirmou em nota que "as medidas de reorganiza��o preparam a empresa para um ambiente de maior competitividade no setor financeiro". Em janeiro, a institui��o havia anunciado os planos de encerrar as atividades de 112 ag�ncias no primeiro semestre e o corte de 5 mil colaboradores por meio de programas de demiss�o volunt�ria.
"Os sindicatos foram prontamente informados sobre as mudan�as e o Banco do Brasil apresentou �s entidades sindicais todas as raz�es e as medidas adotadas relativas � reorganiza��o institucional", diz nota da institui��o. O banco afirmou que 88 das mais de 5 mil ag�ncias n�o funcionaram hoje.
De acordo com o sindicato dos Banc�rios de S�o Paulo, Osasco e Regi�o, a greve foi acordada em assembleia virtual e contou com a ades�o de 87% dos trabalhadores. Jo�o Fukunaga, coordenador da Comiss�o de Empresa dos Funcion�rios do Banco do Brasil (CNBB), afirmou mais cedo que a paralisa��o de hoje � apenas mais uma no calend�rio de greve dos funcion�rios. Segundo ele, houve a promulga��o de um "Estado de greve", o que d� aval para novas paralisa��es sem a necessidade de convoca��o de assembleias.
Mais cedo, o Banco do Brasil ressaltou que seu plano de reestrutura��o se d� pelo crescente uso dos canais digitais, em detrimento do atendimento presencial. "Desde 2016, o BB observa significativa redu��o nas transa��es em guich�s de caixa (-42%), enquanto o uso do mobile praticamente dobrou no mesmo per�odo e j� responde por 86% das transa��es, junto com o internet banking", afirmou a institui��o.
Quando anunciadas, as medidas de reestrutura��o da estatal irritaram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que viu a possibilidade de seu desgaste pol�tico e cogitou a demiss�o do atual presidente do banco, Andr� Brand�o - que continua no cargo.
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