O empres�rio Paulo Francini morreu nesta quinta-feira, 11, em S�o Paulo, em decorr�ncia de complica��es da covid-19. Aos 79 anos, ele estava internado no Hospital S�rio Liban�s desde o m�s passado. O vel�rio ser� amanh�, �s 11 horas, e o sepultamento �s 12 horas, no Cemit�rio de Congonhas, na capital paulista.
Francini foi diretor da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp) e um dos fundadores do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Nas duas casas, esteve � frente de grandes debates e movimentos em benef�cio da ind�stria nacional. Com um discurso afiado, ele se tornou um relevante interlocutor do setor desde o governo de Jos� Sarney at� a administra��o petista.
Na Fiesp, Francini foi diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econ�micos at� cerca de tr�s anos atr�s quando a �rea foi unificada com a diretoria de competitividade. Mas ele continuou na entidade como vice-presidente do Conselho Superior de Economia, presidido por Ant�nio Delfim Neto. No Iedi, era membro colaborador.
Na d�cada de 70, ao lado de grandes empres�rios no cen�rio nacional, Francini participou do Manifesto dos Oito, uma das mais importantes cr�ticas empresariais ao regime militar. Nos �ltimos tempos, no entanto, estava desiludido com o rumo do setor industrial brasileiro, que a cada dia perde mais import�ncia na economia.
Em nota, a Fiesp/Ciesp lamentou a morte do executivo, que durante d�cadas participou ativamente da hist�ria da entidade. "Grande defensor do desenvolvimento industrial, fez importantes contribui��es para o debate econ�micos do Pa�s. Francini era conhecido por sua intelig�ncia, carisma e bom humor. Far� muita falta", disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp.
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