Bolsonaro: � poss�vel reduzir em ao menos 10% pre�o de combust�vel sem 'canetada'

O presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 22, ser poss�vel reduzir em ao menos 10% o pre�o dos combust�veis sem "canetada" de sua parte e voltou a criticar a atua��o de �rg�os p�blicos que t�m responsabilidade sobre o item. Bolsonaro disse precisar "descobrir" sozinho sobre quest�es que, segundo ele, impactam no valor do combust�vel. O presidente citou novamente Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP), assim como o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que � vinculado ao Minist�rio da Economia, e disse que mudan�as ser�o feitas no governo "sempre que se fizer necess�rio".

"E v�rios �rg�os do governo, eu sou respons�vel, n�o faziam nada. Absolutamente nada. Um n�o � do governo, � a ANP, que tem a miss�o de controlar ali a qualidade do combust�vel. Do nosso lado, o Inmetro � o volume. A quest�o das notas fiscais, a bitributa��o e a receita. No fundo ningu�m fazia nada. E eu tenho que descobrir sozinho, isso. Ent�o a gente vai mudar. Mudan�as teremos no governo sempre que se fizer necess�rio", disse o presidente da Rep�blica a apoiadores nesta segunda.

Ao falar sobre uma redu��o no pre�o do combust�vel "sem canetada", Bolsonaro citou, por exemplo, a bitributa��o do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS), que � alvo do governo federal a partir de um projeto de lei enviado ao Congresso h� duas semanas. O assunto mexe com a arrecada��o dos Estados.

"Voc� quando bota 30 litros no seu carro, n�o sabe se entrou 30 litros de verdade, sabe? Voc� n�o sabe se o combust�vel que voc� botou est� ou n�o est� batizado. Voc� n�o sabe. A margem de lucro da distribuidora, os ganhos dos donos de postos de combust�vel, o pre�o dos impostos. O valor dos impostos voc� n�o sabe. E o que acontece com os impostos? Eles s�o bitributados. O ICMS, por exemplo, ele incide n�o s� em cima do pre�o do combust�vel na refinaria, bem como em cima da margem de lucro dos postos, da margem de lucro das transportadores, bem como em cima de PIS/Cofins, e incide sobre o pr�prio ICMS. Ent�o se voc� jogar em cima disso da�, no m�nimo 10% reduz o pre�o dos combust�veis na ponta da linha", afirmou o presidente.

Como mostrou o Broadcast no per�odo da manh� desta segunda-feira, Bolsonaro ainda negou que exista em curso uma interfer�ncia sua na Petrobras, mas voltou a deixar clara sua insatisfa��o com a pol�tica de pre�os adotada pela estatal, que entrou na mira do presidente nos �ltimos dias. Ele tamb�m o fato de o atual chefe da estatal, Roberto Castello Branco, ter optado pelo home office desde o in�cio da pandemia de covid-19, o que ele disse ser "inadmiss�vel".

No embalo, Bolsonaro voltou a criticar as iniciativas de distanciamento social em raz�o da pandemia e afirmou que querem culp�-lo pelo o que ele considera serem efeitos econ�micos dessas pol�ticas. "Querem culpar a mim [sobre] a infla��o. Querem culpar a mim a quest�o do aumento do pre�o de muita coisa. Sim, em especial alimenta��o. O desemprego tamb�m querem culpar a mim. Quem fechou o com�rcio n�o fui eu. Desde o come�o eu falei que n�o pod�amos fechar o com�rcio. Deviam tratar a quest�o do v�rus e do desemprego com a mesma responsabilidade e de forma simult�nea", disse.

E concluiu: "A maioria da popula��o brasileira n�o pode ficar em casa. N�o vai aparecer comida na geladeira deles. Ele tem que se virar, correr atr�s. Agora a pol�tica, completamente, - para ser educado - equivocada, levou o Estado para a situa��o que n�s nos encontramos. Se n�o fosse trabalho nosso, o Pronampe (Programa Nacional de Apoio �s Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), ajuda a governadores, a prefeitos, entre tantas outras medidas, estaria uma desgra�a o Brasil. Estaria o padr�o Venezuela, hoje em dia."